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Cotidiano
Segundo a Polícia Civil, o grupo investigado atuou em Petrópolis entre 2012 e 2017 criando 'processos administrativos fictícios de forma que todo o sistema de órgãos federais fosse adulterado'
11/02/2020 às 01:00 atualizado em 11/02/2020 às 10:53
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- | Gazeta de S.Paulo
O Ministério Público do Rio de Janeiro desencadeou na manhã desta segunda (10) a Operação Palhares para prender cinco acusados de organização criminosa, estelionato e lavagem de dinheiro. Segundo os investigadores, os advogados Márcio Duarte Miranda e Manoel José Edivirgens dos Santos, junto com Daniel Ângelo de Paula, Edilson Figueiredo de Souza e Darcy José Royer, forjavam créditos tributários de milhões de reais e os vendiam pela metade do valor para que empresas reduzissem suas dívidas junto à Receita Federal.
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A operação também faz 20 buscas em endereços ligados aos denunciados no Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA), Águas Claras (DF) e Uberlândia (MG).
Márcio Duarte Miranda também foi alvo da Operação Faroeste, que investiga esquema de venda de sentenças em processos de grilagem de terras na região oeste baiano. Ele foi pego em grampos da Polícia Federal atuando em suposta prática de lavagem de dinheiro.
Segundo a Polícia Civil, o grupo investigado pela Palhares atuou em Petrópolis entre 2012 e 2017 criando "processos administrativos fictícios de forma que todo o sistema de informática de órgãos federais fosse adulterado, gerando números de protocolos inexistentes e fazendo com que os mesmos parecessem legais". "Com esses números eram lavradas escrituras públicas falsas, com o objetivo de obter o aval judicial para fazer créditos aparentemente legais", indicou a corporação.
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Ainda segundo Polícia do Rio, os acusados e as sociedades empresárias que foram "constituídas para lavar capitais" movimentaram aproximadamente R$ 500 milhões.
A denúncia indica que Edilson se dizia credor da União em R$ 1,1 bilhão e se associou aos advogados Márcio e Manoel para que os créditos fictícios fossem parceladamente negociados com empresas.
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