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Cotidiano

Adoçante usado em refrigerantes zero é considerado cancerígeno, diz agência de pesquisa

Os adoçantes artificiais não nutritivos são alvo da OMS desde maio, quando a agência indicou que eles não devem ser usados para perda e manutenção do peso corporal

Isabella Fernandes

29/06/2023 às 14:47  atualizado em 29/06/2023 às 14:50

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Uma reportagem da agência Reuters indicou que o aspartame, adoçante usado em refrigerantes sem açúcar como a Coca-Cola, será listado como cancerígeno por braço de pesquisa da OMS (Organização Mundial da Saúde).

Uma reportagem da agência Reuters indicou que o aspartame, adoçante usado em refrigerantes sem açúcar como a Coca-Cola, será listado como cancerígeno por braço de pesquisa da OMS (Organização Mundial da Saúde). | Divulgação - Marta Dzedyshko/Pexels

Uma reportagem da agência Reuters indicou que o aspartame, adoçante usado em refrigerantes sem açúcar como a Coca-Cola, será listado como cancerígeno por braço de pesquisa da OMS (Organização Mundial da Saúde). O produto deve ser declarado "possivelmente cancerígeno para humanos".

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A informação levantou dúvidas sobre os riscos do produto para a saúde no curto e longo prazo.

De acordo com a agência, a indicação será feita em julho pela Iarc (Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer), que estuda a doença na organização internacional.

Os adoçantes artificiais não nutritivos são alvo da OMS desde maio, quando a agência indicou que eles não devem ser usados para perda e manutenção do peso corporal. A diretriz incluia o aspartame.

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Segundo especialistas ouvidos pela Folha de S.Paulo na época, não é necessário interromper o uso dos produtos, indicados principalmente para pessoas com diabetes. Médicos pontuaram que este tipo de recomendação é direcionado principalmente para governos, que devem rever o consumo em programas que mirem a saúde pública.

Ponderam, porém, que é importante consultar um profissional da área, como nutricionista, para receber uma orientação personalizada.

Roberto Raduan, endocrinologista da BP (A Beneficência Portuguesa de São Paulo), disse à reportagem que discussões sobre a toxicidade dos adoçantes ocorrem há décadas, mas ainda não há consenso científico sobre os potenciais benefícios ou malefícios desses compostos.

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O especialista afirma que os usuários devem consumir as substâncias dentro de limites considerados seguros.

De acordo com a FDA (agência americana reguladora de alimentos e medicamentos), a recomendação diária varia de acordo com o composto. O limite do aspartame, possível alvo da nova recomendação, é de 50 mg/kg por dia. A ingestão da sacarina, por outro lado, é de até 15mg/kg. O limite da sucralose é ainda mais baixo, de 5 mg/kg. 

Na recomendação anterior, a OMS indicou que o uso de adoçantes pode estar relacionado ao desenvolvimento de doenças como diabetes tipo 2, problemas cardiovasculares e certos tipos de cânceres em adultos. Contudo, também classificou as evidências científicas relacionadas a esse risco como de "baixas a moderadas".

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Em 2016, pesquisadores indianos questionaram se adoçantes artificiais usados como substitutos do açúcar eram mesmo saudáveis, além de avaliar se poderiam ser considerados seguros para diabéticos.
Publicado na Indian Journal Pharmacology, o estudo considerou diversos agentes, entre eles o aspartame.

Os autores concluíram que mulheres grávidas e lactantes, crianças, diabéticos, pacientes com enxaqueca e epilepsia representam "uma população suscetível aos efeitos adversos dos produtos contendo adoçantes não nutritivos e devem usar esses produtos com o máximo cuidado."

Para pessoas sem essas condições, o uso permanecia inconclusivo.

Outro trabalho que relaciona o uso de adoçantes com risco de câncer afirma que os produtos artificiais (especialmente aspartame e acessulfame-K), usados em muitas marcas de alimentos e bebidas em todo o mundo, foram associados a aumentadas chances de desenvolver a doença.

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O trabalho foi publicado na publicado na PLoS em 2022 e considerou resultados de 102.865 adultos acompanhados por 7,8 anos.

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