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Cotidiano
Lei seca completou 15 anos e trouxe bons resultados; diretor da PRF afirma, porém, que a cultura de beber e dirigir continua forte no País
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Lei seca foi implantada em 2018 no Brasil | Divulgação/Detran
A lei seca completou 15 anos nesta segunda-feira. No estado de São Paulo, entre 2010 e 2021, o número de mortes por acidentes de carro que envolviam álcool diminuiu 41%.
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A nova regra foi implantada em 2008 e, conforme levantamento da “TV Globo”, da entrada em vigor até 2022 mais de 2,4 milhões de motoristas fizeram teste do bafômetro na cidade de São Paulo e quase 64 mil pessoas alcoolizadas foram pegas.
Desses motoristas, 63 mil tinham bebido e receberam multa. Já 137 mil se recusaram a fazer o teste e levaram multa, além da suspensão do direito de dirigir por 12 meses.
No ano de 2022, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) registrou em âmbito nacional o maior número de testes de alcoolemia feitos nas rodovias desde 2011 - primeiro ano de utilização regulamentada do etilômetro, equipamento utilizado na aferição da quantidade de álcool presente no organismo do indivíduo.
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O número de testes no ano passado, 2022, foi mais de 30 vezes maior que a quantidade de aferições computadas no ano de inauguração da medição pelo equipamento.
Para o Diretor de Operações da PRF, Marcus Vinícius Almeida, ainda é necessário mudar a cultura do motorista brasileiro. "Apesar de todo esse esforço empreendido pelo poder público, os números ainda mostram que ainda vivemos em um país onde a cultura de ‘beber e dirigir’ ainda é muito forte, infelizmente”, afirmou.
A mudança na legislação em 2008 eliminou a tolerância que, até então, não previa punição a motoristas que dirigissem após o consumo de pequenas quantidades de álcool. A partir da mudança, conduzir veículos em via pública com qualquer teor de álcool no organismo passou a caracterizar infração de trânsito gravíssima, com multa de R$ 2.934,70 e suspensão da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) por 12 meses.
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