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Cotidiano

ABC: Volkswagen vai dar férias coletivas a 3 mil funcionários por falta de peças

Metalúrgicos deverão permanecer em casa entre os dias 27 de junho e 7 de julho

13/06/2022 às 10:24  atualizado em 13/06/2022 às 10:39

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Volkswagen continua afetada pela quebra da cadeia global de componentes automotivos

Volkswagen continua afetada pela quebra da cadeia global de componentes automotivos | Divulgação

O Sindicato dos Metalúrgicos do ABC informou que recebeu da Volkswagen o comunicado de que 3 mil funcionários da fábrica de São Bernardo deverão cumprir férias coletivas em razão da falta de peças e componentes eletrônicos para  continuar a montagem dos veículos.

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A companhia afirma faz parte de acordo com o sindicato informar com antece­dência decisões desse tipo, conforme acordo já firmado com a entidade, mas que, “no momento, ainda não confirma” a decisão. O texto conta com informações do "Diário Regional".

Caso a medida seja tomada, os metalúrgicos ficarão longe da linha de produção por dez dias, no período de 27 de junho a 7 de julho. A montadora já havia decidido que cerca de 2,5 mil metalúrgicos entrariam em férias coletivas no mês passado também por problemas na cadeia de fornecimento de insumos.

A unidade da Volkswagen no ABC conta com 8,2 mil funcionários, dos quais 4,5 mil atuam na produção.

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José Roberto No­gueira da Silva, coordenador-geral de re­presentação do sindicato na Volkswagen, afirmou que a falta de peças tem impactado não só o setor automotivo, mas toda a indústria nacional.

“Esse problema vem afli­gindo não só o parque automotivo. Toda a indústria nacional vem sendo impactada, o que atinge diretamente os trabalhadores. A falta de política industrial e de desenvolvimen­to no país tem causado a de­sestruturação da cadeia pro­dutiva nacional”, ressalta.

O líder do sindicato lembrou que o acordo vigente na Volkswagen permite que os trabalhadores tenham tranquilidade em relação aos empregos e garante previsibilidade quanto ao futuro da unidade fabril.

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“É muito importante, neste momento, ter um acordo de longo prazo que prevê situações como esta, que vem perdurando a muito tempo. O acordo dá previsibilidade para trabalhadores se organizarem e também para a empresa pensar o futuro da planta”, disse.

O que diz a ANFAVEA

De acordo com Associação Na­ci­onal dos Fabricantes de Veí­­cu­los Automotores (Anfavea), desde o início deste ano, 16 mon­ta­do­ras tiveram de interromper a pro­­du­­ção por falta de peças, em es­pe­cial componentes eletrônicos. Cada uma precisou parar por 20 dias, em média.

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Como resultando, cerca de 150 mil veículos deixaram de ser montados neste ano. Em 2021, o total de veículos não entregues por falta de componentes chegou a 350 mil.

Apesar de o impacto ainda expressivo, o presidente da Anfavea, Márcio de Lima Leite, acredita que os proble­mas de escassez de insumos têm sido menos impactantes a ca­da mês. 

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