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Cotidiano
Diferentemente do que foi constatado, por exemplo, na Capital, houve no ABC redução de 33,3% no número de casos, de nove em 2019 para seis no ano passado
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O estado de São Paulo terminou o mês de setembro com aumento dos casos de estupro e latrocínio | Gilberto Marques/A2img
O ABC Paulista registrou queda em 2020 no número de feminicídios, termo usado para denominar assassinatos de mulheres cometidos em razão do gênero.
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Diferentemente do que foi constatado, por exemplo, na Capital, houve no ABC redução de 33,3% no número de casos, de nove em 2019 para seis no ano passado, segundo estudo publicado na 17ª carta do Observatório de Políticas Públicas, Empreendedorismo e Conjuntura da Universidade Municipal de São Caetano (Conjuscs).
O mesmo levantamento – que tem como base dados da Secretaria de Estado da Segurança Pública – revela que, na Capital, houve alta de 5,4% no número de casos, para 39, na mesma comparação.
No País, os dados mais recentes do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) revelam que ao menos 648 mulheres foram assassinadas no primeiro semestre do ano passado por motivação relacionada ao gênero, com alta de 2% ante o apurado no mesmo período de 2019.
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É unânime entre especialistas a tese de que a quarentena imposta pela pandemia do novo coronavírus agravou a violência contra as mulheres, que passaram a ter mais tempo de convívio com o agressor. Por isso, os dados do ABC surpreenderam o coordenador do Observatório de Segurança Pública da USCS, David Pimentel Barbosa de Siena.
“A tendência, como ocorreu em outros locais, era de alta no total de casos, até porque não há nova política pública de prevenção ao feminicídio que justifique uma redução. Como o número absoluto é muito baixo no ABC, um ou dois casos podem gerar variação considerável”, explicou Siena, que redigiu a nota juntamente com Ana Carolina Kaminski Buratto, estudante do curso de Direito da USCS.
O coordenador do Observatório destacou que a avaliação do efeito da pandemia sobre as estatísticas de violência contra a mulher no ABC requer a análise de outros dados, como o de casos de violência doméstica, que não integram o “pacote” de estatísticas criminais divulgadas mensalmente pela Secretaria de Estado da Segurança Pública.
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No ano passado, quatro dos sete municípios registraram feminicídios: São Bernardo e Mauá, com dois casos cada, e Santo André e Diadema, com um caso cada.
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