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Cotidiano
Calculando os prejuízos, os empresários do setor se preparam para o retorno das atividades na capital paulista
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As academias têm autorização para retornar as atividades na próxima segunda-feira em São Paulo | Bruno Cruz/Photo Press/Folhapress
As academias de São Paulo serão reabertas na próxima segunda-feira (13), segundo anúncio do prefeito Bruno Covas (PSDB). Manter a saúde entre esteiras e halteres, porém, será bem diferente do período pré-pandemia, com uma série de regras que as empresas do setor deverão seguir na Capital.
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Por exemplo, os frequentadores vão precisar agendar a visita às academias, que só operarão com 30% da capacidade. Será permitida somente a abertura por seis horas diárias. Todos os exercícios deverão ser individuais, e ainda haverá a restrição do uso dos vestiários (leia as regras abaixo).
A novidade anunciada pela prefeitura deixou boa parte dos empresários entre o alívio e a preocupação. De acordo com o educador físico Celso Pólvora, dono de uma pequena academia no bairro do Tatuapé, zona leste da Capital, chamada Resistência, a restrição do horário de funcionamento e do número de alunos trará dificuldades na retomada dos trabalhos. Ele ainda não está certo se vale a pena tirar o cadeado do portão com as novas regras.
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“Acredito que não vale a pena abrir com 30% [de frequentadores]. As despesas vão aumentar devido a todas as alterações feitas e, mesmo que as despesas fossem as mesmas, é impossível cobrir com 30%. Só ainda não pensei em fechar porque recebi ajuda do proprietário do imóvel”, conta.
Mesmo com as dúvidas, o empresário já fez adaptações na academia, como a instalação de um pia no corredor e compra de panos descartáveis para a limpeza dos aparelhos. Ele já tinha o hábito de manter álcool em gel no ambiente antes do início da pandemia.
Os prejuízos desde março, explica Pólvora, são incalculáveis. “Sou uma academia de porte pequeno e não tenho pacotes com os alunos. Ou seja, não recebi nada dos alunos que não estão vindo treinar. A receita zerou, mas as despesas permanecem as mesma”.
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A Associação Brasileira das Academias (Acad) afirma que o setor está preparado para se adaptar às regras.”Fizemos uma cartilha com uma série de recomendações baseadas na experiência internacional”, diz Richard Bilton, diretor da Acad.
Para Bilton, é fundamental que as academias façam as alterações. “Não tem dinheiro que convença um aluno a vir para a academia se ele não se sentir seguro”.
As regras
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De acordo com a Prefeitura de São Paulo, há uma série de regras para a reabertura das academias na Capital. Veja as mais importantes:
- funcionar com 30% da capacidade
- No máximo 6 horas por dia
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- Atividades em grupo suspensas
- Agendamento prévio
- Não será permitido o uso de chuveiros
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- Uso obrigatório de máscara de proteção
- Limpeza dos equipamentos ao menos 3 vezes ao dia
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Outros setores
O prefeito Bruno Covas já permitiu a reabertura de uma série de setores econômicos na Capital, sob as regras do Plano São Paulo, do governo paulista.
Os primeiros setores foram os escritórios e as concessionárias, em 4 de junho. Depois, veio o anúncio de maior impacto: a reabertura do comércio de rua e dos shoppings centers.
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Nesta semana, foi a vez da volta dos restaurantes, bares, salões de beleza, entre outros setores. Na próxima, além da academia, haverá o retorno de parques municipais e estaduais.
A bola vai rolar para o Campeonato Paulista em 22 de julho. Os cinemas devem voltar em 27 de julho. Já as aulas presenciais nas escolas do Estado deverão ser retomadas em 8 de setembro.
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