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Cotidiano

A polêmica do aspartame

Especialistas esclarecem se o aspartame deve ou não continuar na dieta após classificação de "possivelmente cancerígeno" pela OMS

Gladys Magalhães

21/07/2023 às 17:33

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Descoberto há 62 anos, o aspartame é um adoçante artificial capaz de adoçar cerca de 200 vezes mais que o açúcar comum

Descoberto há 62 anos, o aspartame é um adoçante artificial capaz de adoçar cerca de 200 vezes mais que o açúcar comum | Freepik

Nos últimos dias o aspartame tem sido assunto recorrente nas redes sociais e nas conversas entre médicos e pacientes. Isso porque a Organização Mundial da Saúde (OMS) adicionou o aspartame na lista de produtos possivelmente cancerígenos, caso seja consumido em excesso. Desde então, muita gente tem se perguntado: “é preciso cortar o adoçante da dieta?”

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Apesar de acionar um alerta acerca do produto, especialistas afirmam que não é o caso de decisões radicais, visto que a nova classificação da OMS não é conclusiva. 

“A OMS se baseou em estudos em animais que estabelecem a relação do uso de aspartame com o desenvolvimento de câncer, contudo os estudos apresentam várias limitações de análise e utilizam doses muito superiores às utilizadas por seres humanos. As evidências disponíveis em seres humanos são baseadas em poucos estudos publicados e com sérias limitações metodológicas.  Dessa forma, estes dados não nos permitem definir que a relação de risco foi diretamente causada pela exposição ao aspartame”, explica o médico endocrinologista Igor Barcelos. 

A médica endocrinologista Denise Gonçalves Priolli, professora do curso de Medicina da Faculdade Pitágoras, também concorda que o alerta não é motivo para desespero. 

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“O alerta da OMS trata do excesso da substância, que poderia causar câncer. Mas, no geral, não temos evidências científicas para comprovação. Assim, pelo sim, pelo não, se a pessoa puder, evite. Mas, se for uma indicação para a saúde do indivíduo, como no caso de diabetes, e o médico indicar, melhor utilizar, pois o profissional saberá dosar a quantidade e indicar como e o que a pessoa deve comer, de forma equilibrada para as necessidades dela. Ou seja, vai orientar que use de forma e em quantidade corretas. O importante é não usar sem indicação”, orienta Denise. 

Aspartame
Descoberto há 62 anos, o aspartame é um adoçante artificial capaz de adoçar cerca de 200 vezes mais que o açúcar comum, tendo apenas 4 calorias em cada 1 grama. 

Ainda que associado apenas ao adoçante de mesa, o produto está presente em vários itens, como refrigerantes, sorvetes, molhos, chicletes, remédios e até pasta de dente. Dessa forma, considerando todos os produtos em que está na composição, a recomendação diária de ingestão de  aspartame é de  40mg/kg, o que equivaleria a 12 latas de refrigerantes zero ou a 60 sachês de aspartame, aproximadamente, para uma pessoa com cerca de 70 kg.

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“É muito raro que um adulto ultrapasse a recomendação diária de consumo de aspartame, ainda mais com frequência. Mas, se isso ocorrer, a possibilidade de desenvolver um câncer não deve ser a única preocupação, a pessoa pode ter dor de barriga, confusão mental, náuseas, entre outros sintomas, além de aumentar o risco de doenças hepáticas e renais”, observa a nutróloga e endocrinologista Valéria Goulart. 

Alimentos in natura
De modo geral, tanto a OMS, como especialistas, recomenda a diminuição do uso de aspartame, bem como de outros adoçantes e alimentos processados, em favor do consumo de alimentos in natura, inclusive por quem faz uso do adoçante para perder peso. 

“Para emagrecer é importante seguir uma dieta saudável, fracionada, equilibrada e acompanhada de atividade física, sempre em acompanhamento do médico endocrinologista, nutricionista e, se possível, um educador físico”, diz Denise. 

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Por fim, sobre o aspartame, Igor completa: “Ele não é vilão, pode ser consumido, desde que em pequenas quantidades, para a substituição do açúcar simples, pois esse é comprovadamente um vilão, aumentando o risco de obesidade, diabetes, doenças cardíacas e cânceres. Mas o ideal é que se consuma mais alimentos in natura e menos industrializados possível.”

Risco de câncer
Independentemente do aspartame, os especialistas explicam que o risco de câncer pode ser impactado por diversos fatores, entre eles a hereditariedade e o envelhecimento. Ainda assim, algumas atitudes podem ajudar a diminuir o risco de desenvolver a doença, bem como outros problemas de saúde. 

Dessa forma, fazer um check-up periodicamente deve fazer parte da rotina de todos, bem como a manutenção de um peso adequado, a prática regular de exercícios físicos, a diminuição de alimentos processados na dieta, o aumento da ingestão de fibras, grãos e alimentos in natura, além de evitar o tabagismo e diminuir a exposição solar sem proteção, entre outras atitudes. 

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