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Cotidiano
Secretário de turismo de Ubatuba, Sergio Luiz Alves Carvalho fala sobre a reestruturação que está implantando no município
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Sergio Luiz Alves Carvalho é secretário de turismo de Ubatuba | Jeferson Marques/Gazeta de SP
Com mais de 90 mil habitantes e considerada como uma das cidades mais lindas e repletas de belezas naturais do Brasil, Ubatuba está passando por uma reformulação do seu setor de turismo. Em entrevista à Gazeta o secretário de turismo da cidade, Sergio Luiz Alves Carvalho (62), deu detalhes do seu planejamento e projetos para beneficiar toda a população através de uma cadeia produtiva, organizada e funcional.
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Segundo Carvalho, há mais de 20 anos os dados turísticos da cidade não são atualizados, o que mostra uma desatualização e estagnação de todo o setor.
“É muito tempo sem termos informações concretas sobre a representação econômica do nosso PIB [Produto Interno Bruto], por exemplo. Não ocorrem avanços aqui há quase 20 anos. A urgência que enxergamos aqui é em primeiro reestruturar, atualizar e, aí sim, avançar”, explicou.
O secretário citou que existe uma dificuldade ainda maior a ser superada: convencer o próprio poder público e os moradores a valorizar o turismo na cidade e enxergá-lo como uma oportunidade de crescimento para todos.
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“Estamos chegando a um orçamento de quase 1 bilhão de reais, quase em sua totalidade gerado através do turismo, mas a própria comunidade ainda não percebe a dimensão disso. Nosso turismo pode e dever ser muito forte. Temos que valorizá-lo e fazer com que os moradores de Ubatuba percebem a sua importância para que tudo funcione e gere bons resultados para todos”, enfatizou.
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Cadeia produtiva
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Carvalho disse que, recentemente, apresentou - através de fóruns setorias - 12 ações simples de realizações no turismo de Ubatuba até dezembro de 2024, sendo que nove já estão em andamento.
“A reestruturação da secretaria de turismo, tanto física quanto humana, já está acontecendo. Feito isso partimos para as outras ações com toda a cadeia produtiva da cidade - que inclui os comerciantes e moradores.
A Taxa de Preservação Ambiental (TPA) precisa ser melhor empregada para, segundo o secretário, “retornar como atrativo nas condições do município em receber os turistas”.
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“Essa taxa nos dá certa receita e ela é importante, já que todos podem colaborar com os cuidados ambientais. Porém, vamos emptregá-la de uma forma mais precisa e direta, para que os turistas sintam que Ubatuba está mais preparada e estruturada para recebê-los. Há lugares que ele pode conhecer mesmo quando está chovendo, por exemplo”.
Receptivo
Por falar em receber turistas, Carvalho criticou a forma como o município “abraça” as pessoas que chegam à cidade.
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“Não podemos ser só serra, sol e praia. Isso prova que nossa cadeia de turismo está desorganizada e cada um puxando para um lado. Estou trabalhando para sair do arroz e feijão, sabe? Os setores precisam se comunicar e, repito: a comunidade tem que estar inserida nisso”, enfocou.
Turismo Náutico
“Temos uma organização disso? Não, não temos. Quero profissionalizar o turismo náutico da cidade para, dessa forma, atrair cada vez mais pessoas para cá. É preciso conforto e segurança para que os turistas voltem e também nos indiquem para seus familiares e amigos”.
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Pensar no futuro
“Infelizmente a nossa cidade, no que diz respeito ao turismo, nunca foi pensada para o futuro. As obras que temos aqui são da última vez que estive à frente do município, há 20 anos. É preciso pensar em qual legado deixaremos para as futuras gerações, que também tirarão seu sustento daqui. As nossas ações de hoje vão refletir lá na frente”.
Parceria com a TAP
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O secretário comemorou a assinatura de uma parceria com a Transportes Aéreos Portugueses (TAP), pela qual pacotes de turismo diferenciados serão oferecidos tanto em Portugal quanto na Europa, ofertando o Litoral Norte como destino aos turistas.
“Essas parcerias nos dão mais visibilidade e precisamos corresponder, entregando um produto turístico satisfatório e organizado àqueles que se interessam em estar aqui. Tudo o que não é planejado, não se sustenta. E a minha função aqui é dar essa segurança e respaldo para que a nossa cadeia turística funcione”.
Sobre os cruzeiros marítimos, Carvalho disse que há alguns impedimentos judiciais que proibem que as embarcações parem em Ubatuba, como ocorria há alguns anos.
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“Lá atrás não respeitaram as regras e condutas e a nossa punição foram estes impedimentos. Penso que, para voltarmos a receber esses navios devemos estar com o nosso receptivo terrestre alinhado. É uma coisa que deve levar cerca de cinco anos para acontecer, mas que faz parte do nosso planejamento ]turistas desembarcarem em Ubatuba]”.
Ubatuba Film Commission
Para finalizar, Carvalho comentou que quer inserir a comunidade dentro do Ubatuba Film Commission, que seria uma comissão criada para atrair e incentivar as produções cinematográficas em Ubatuba, que já é palco para dezenas de produções nacionais e internacionais.
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“Com isso vamos gerar centenas de empregos não só aqui, mas também em caráter regional. Estamos elaborando as bases e envolvendo o Conselho Municipal de Turismo, Meios de Hospedagem e o próprio comércio. É preciso que um órgão institucional faça isso, garantindo a capacitação de vários de nossos munícipes e, assim, traga os reais benefícios, atendendo às demandas que as produções já tem buscado”.
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