A cada cinco minutos, um celular é roubado em São Paulo

Na última segunda-feira (25) o roubo de um celular resultou na morte de um jovem de 20 anos na zona sul de São Paulo e o crime chamou atenção para uma estatística que tem crescido na capital. Somente em janeiro e fevereiro deste ano 17.044 celulares foram roubados na cidade de São Paulo resultando em uma alta de 4,30% no número de ocorrências deste tipo em relação ao mesmo período do ano passado.

O levantamento foi divulgado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, que se baseou no número de boletins de ocorrência de roubo de celulares. Apesar de a pesquisa ter apontado que em 2020, ocorreram mais roubos (23.155 ocorrências), a entidade também destaca que os números podem ter sido influenciados pela pandemia.

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Em 2022 ocorreram 26,4% menos roubos de celulares nos meses de janeiro e fevereiro do que o observado nos mesmos meses de 2020. No entanto, a análise feita pelo Fórum destaca o fato de que naquele ano as celebrações de carnaval ocorreram normalmente em fevereiro, situação diferente da observada neste ano. Além disso, em 2021, as medidas de isolamento social estimuladas pela pandemia de Covid-19, também impactaram a diminuição de ocorrências deste tipo de crime.

O caso que vitimou Renan Silva Loureiro na última semana, em São Paulo, é um exemplo real destas estatísticas. O jovem levava a namorada para a casa de parentes quando foi surpreendido por um assaltante em uma moto. O criminoso disparou quatro tiros, sendo que um deles atingiu a cabeça do rapaz. Um vídeo gravado por câmeras de segurança registrou o ocorrido:

Ainda durante o ano de 2021, ano em que as medidas de isolamento e distanciamento social ainda estavam sendo seguidas por parte da população, foram registrados 156.818 roubos de aparelhos celulares. O balanço do ano divulgado pela "Veja" mostrou uma média de um roubo de celular a cada três minutos e meio.

Os bairros com maior número de ocorrências no ano passado foram Capão Redondo, Grajaú, Jardim Ângela e Campo Limo, de acordo com dados do Departamento de Pesquisas em Economia do Crime, da Fecap (Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado).

Na mesma publicação, a revista destacou que, segundo especialistas, o aumento no número de roubos destes aparelhos está relacionado ao fato de que os celulares se tornaram "caixas eletrônicos ambulantes", aumentando o interesse dos criminosos.