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Cotidiano
Com difícil acesso, Sangava, Cheira Limão e Saco do Major servem de refúgio para turistas e aventureiros que querem fugir do caos Por Folhapress De Guarujá
15/03/2019 às 00:40
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Areia fofa, sombra da própria vegetação nativa, pedras colossais, piscina natural, caverna submersa e um mar com águas cristalinas. Tudo isso, acredite, muitas vezes deserto.
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O cenário bucólico faz parte de três praias quase que escondidas em um dos destinos mais procurados do verão, o Guarujá, no litoral sul de São Paulo.
Com difícil acesso, Sangava, Cheira Limão e Saco do Major servem de refúgio para turistas e aventureiros que querem fugir do caos. "Quem conhece essas praias mais calmas dificilmente se readapta a outras mais badaladas", disse o empresário L.M., 36, que descansava em Cheira Limão em uma sexta de janeiro, após passeio de caiaque.
Chegar até elas é o primeiro dos desafios. Cheira Limão, por exemplo, é a menor de todas as 27 praias da cidade, com apenas 20 metros de extensão. A praia recebe esse nome por estar ao pé do Morro dos Limões.
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Como a praia é completamente isolada por costões, o acesso é feito geralmente pelo mar. O mais comum é chegar de caiaque, stand up paddle ou canoa havaiana. Saindo da Ponta da Praia, em Santos, são aproximadamente 30 minutos até o destino.
De barco também é possível chegar, mas é necessário contratar um barqueiro em Santos. Os valores chegam até R$ 30 por pessoa. A travessia é de aproximadamente 1,5 km.
Há também outros destinos. Bem próximo ao Limão fica Sangava, com 170 metros de areia e que reserva outras peculiaridades.
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Com águas calmas, o lugar tem resquícios de uma casa abandonada. A praia é sombreada pela vegetação. Ela ainda tem uma piscina natural para os adeptos do mergulho livre e até mesmo uma pequena gruta submersa.
Para chegar, o modo mais comum é por trilha. De hora em hora, há barcos que fazem a travessia de Santos para praia do Góes por R$ 3. Do Góes, há uma trilha de aproximadamente uma hora para chegar a Sangava.
"A trilha é difícil no começo, tem muita inclinação. Por isso, tem cordas para ajudar a subir, mas vale a pena porque você chega a um ambiente sem confusão", diz G.O.P., 24.
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"Gostamos mesmo é do mar. Na trilha você torce o pé, cai pedra", brincou um dos remadores presentes na praia.
Sangava é o destino mais conhecido. Não é incomum ver a pequena faixa de areia tomada por caiaques. Antes refúgio completo, ganhou divulgação por parte dos barqueiros neste verão. Nos fins de semana, chega a ter mais de cem pessoas.
A assistente administrativa I.S., 45, saiu de Guarulhos para conhecer o refúgio. "Estávamos indo para Pitangueiras e Enseada, mas lá vimos brigas, discussões, som alto e nos assustamos. Achamos aqui na internet, é um paraíso", conta.
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O outro refúgio é a praia do Saco do Major, menos procurada que as demais. É considerada de acesso mais perigoso pelo mar. A existência de formações rochosas próximas à orla dificultam a aproximação de barcos. O trajeto demora cerca de 40 minutos.
A opção mais procurada, neste caso, é chegar a praia por trilhas. Uma sai da praia do Guaiuba e a outra do bairro Santa Cruz dos Navegantes."Nessas trilhas nós já vimos de tudo, de cachorros soltos a búfalos, lagartos e cobras. Na verdade, até na praia já vimos cobras", disse L.A. de A., 28, marinheiro, que acampava na praia com mais três amigos.
A praia tem 400 metros de extensão e recebe esse nome por ter sido moradia de um major aposentado.
Diferentemente das outras praias, há uma fonte de água natural entre as rochas.
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Apesar das dificuldades, não há relatos recentes de roubos ou problemas de segurança nas trilhas e nas praias.
Mesmo já mais conhecidas, elas ainda funcionam como refúgio neste verão.
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