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Cotidiano
Peter Strzok enviou mensagens de texto críticas ao presidente Donald Trump durante a campanha presidencial de 2016 e participou das investigações sobre a interferência russa no pleito Por Folhapress
13/08/2018 às 22:30
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O agente sênior do FBI Peter Strzok, que enviou mensagens de texto críticas ao presidente Donald Trump durante a campanha presidencial de 2016 e participou das investigações sobre a interferência russa no pleito, foi demitido na última sexta (10) por violar políticas do serviço de inteligência.
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A informação foi divulgada nesta segunda (13) por Aitan Goelman, advogado de Strzok.
As mensagens de texto, trocadas com a ex-advogada do FBI (a polícia federal americana) Lisa Page, serviram de munição para Trump e seus aliados atacarem as investigações russas, alegando que representavam uma "caça às bruxas".
Em uma delas, Page pergunta: "Trump nunca vai se tornar presidente, certo? Certo?!", ao que Strzok responde: "Não, ele não vai. Vamos impedir isso."
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O inspetor que descobriu as mensagens, Michael E. Horowitz, não encontrou evidências de que as visões políticas da dupla influenciaram suas decisões durante as investigações. Mas afirmou que "sugeriam que os dois poderiam estar dispostos a tomar ações para influenciar as perspectivas eleitorais do candidato a presidente."
Após o episódio, o agente foi afastado da equipe de Robert S. Mueller, responsável por investigar a interferência russa nas eleições. Ele foi transferido para a divisão de departamentos humanos do FBI. Page, por sua vez, pediu demissão em maio.
Ele é o segundo agente sênior do FBI a ser demitido por Horowitz neste ano. Em março, Andrew G. McCabe, o antigo vice-diretor, foi demitido por confundir investigadores.
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Além deles, também perdeu o cargo o então diretor do FBI, James Comey, que foi demitido por Trump em maio, exatamente pelo modo como conduziu a investigação sobre a interferência russa na eleição de 2016, que desagradou o presidente.
O advogado de Strzok afirmou em comunicado que o vice-diretor do serviço de inteligência, David Bowdish, passou por cima do escritório de responsabilidade profissional do FBI (OPR) ao demitir Strzok, que estava na agência há 21 anos
"Ele reverteu a decisão do oficial responsável pela disciplina dos funcionários, que concluiu, por meio de um processo independente, que uma suspensão de 60 dias e seu rebaixamento das funções de supervisão eram as punições apropriadas", afirmou.
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Disse ainda que uma longa investigação e múltiplas rodadas de testemunhos feitos ao Congresso não comprovaram que suas visões pessoais tinham influência sobre seu trabalho.
A conclusão, segundo ele, é que a demissão foi reflexo de uma pressão política para punir Strzok por se expressar politicamente, e não de "uma análise justa e independente dos fatos."
Já Trump comemorou a decisão nesta segunda. "O agente Peter Strzok acabou de ser demitido do FBI - finalmente. A lista de maus jogadores no FBI e no Departamento de Justiça fica cada vez maior", afirmou.
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"Baseado no fato de que Strzok estava no comando da caça às bruxas, ela será deixada de lado?", disse o presidente.
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