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De Olho no Poder: os fatos da política de São Paulo na visão do jornalista Bruno Hoffmann
08/07/2021 às 12:29 atualizado em 08/07/2021 às 12:32
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Geraldo Alckmin é ex-governador de São Paulo | Ciete Silvério
Há pelo menos dois meses Geraldo Alckmin vem fazendo uma romaria pelo interior de São Paulo para conversar com prefeitos e lideranças políticas. Na última quarta-feira (7), por exemplo, ele visitou Aprígio (Podemos), prefeito de Taboão da Serra. O motivo: Alckmin pretende se candidatar novamente ao Governo de São Paulo em 2022, e já está costurando apoios. O ex-governador está propenso a deixar o PSDB – seu destino mais provável é o PSD ou o DEM –, e vai precisar refazer parte das alianças que já tinha dentro do tucanato. De acordo com pesquisa Govnet/Opinião Pesquisa, divulgada com exclusividade pela Gazeta nesta semana, Alckmin lidera a preferência dos eleitores do Estado em um dos cenários mais prováveis. Segundo o levantamento, o pré-candidato apresenta 16% de intenções de voto, seguido por Guilherme Boulos (PSOL, com 14,1%), Fernando Haddad (PT, 11,1%), Márcio França (PSB, 10,6%), Paulo Skaf (MDB, 8,7%) e Arthur do Val (Patriota, 3,5%). Ele também supera os adversários em todos os cenários de segundo turno.
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Disputa tucana
O presidente do PSDB da cidade de São Paulo, Fernando Alfredo, confirmou à coluna que vai se candidatar nas prévias tucanas para a disputa do Senado em 2022. O embate será contra José Serra, atual senador pela legenda e que pretende buscar um novo mandato. Alfredo era próximo de Bruno Covas (PSDB), e disse que só começou a pensar de fato na possibilidade da disputa ao Senado após a morte do então prefeito da Capital, em 16 de maio. Antes, o desejo era ficar ao lado dele para auxiliá-lo na gestão da Capital.
‘Boiada’
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A bancada do PSOL na Câmara Municipal de São Paulo acusa o prefeito Ricardo Nunes (MDB) de ter enviado na semana passada um pacote de projetos de lei para aprovar antes do recesso, em 20 de julho. Segundo a legenda, a medida foi feita de forma proposital para não dar tempo para debater as propostas. “A prefeitura tenta passar a boiada sem diálogo”, diz o partido, em nota. Entre os projetos enviados pela prefeitura estão os que pretendem aprovar as operações urbanas Jurubatuba e de bairros do Tamanduateí. “Como discutir temas tão sérios sem ouvir a população diretamente atingida?”, questiona ainda o PSOL.
Empréstimos bilionários
Pelo menos uma dessas propostas enviada por Nunes já está caminhando na Casa. Na madrugada da última quinta (8), a Câmara paulistana aprovou em primeiro turno, por 30 votos favoráveis e 18 contrários, a autorização para que a prefeitura possa contrair empréstimos de até R$ 8 bilhões para realizar investimentos na cidade. “Ficamos até quase 4h da madrugada pressionando contra esse absurdo, que infelizmente foi aprovado em primeira”, lamentou a vereadora Luana Alves (PSOL), que disse que a gestão municipal não apresentou uma justificativa concreta para a solicitação dos empréstimos.
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Violência
Oito em cada 10 adolescentes entre 12 e 19 anos já afirmaram ter visto casos de violência na escola. É o que aponta uma pesquisa do Comitê Paulista pela Prevenção de Homicídios na Adolescência, formado pela Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), governo estadual e o Unicef , com a participação de 747 adolescentes na Grande São Paulo no começo deste ano. Presidente do comitê, a deputada estadual Marina Helou (Rede) afirmou a necessidade da criação de políticas públicas para a diminuição desses índices. "Apenas no estado de São Paulo, em média, morrem 400 adolescentes, de 10 a 19 anos, vítimas de mortes violentas letais intencionais todos os anos. Prevenir essas mortes é possível", disse ela.
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