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Debates Contemporâneos
Precisamos olhar com mais afeto e criar uma cidade mais acolhedora para todos; e isso significa, também, cuidar melhor das vias públicas
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A cidade de São Paulo completa 469 anos nesta quarta | Ettore Chiereguini/Gazeta de S. Paulo
Uma cidade para todos, gigantesca e cheia de amor para oferecer aos que aqui nasceram e aos que aqui escolheram viver. Assim é São Paulo, que eu considero ‘minha cidade adotiva’. Como muitos sabem, sou uma carioca que escolheu a capital paulista para morar. E quando cheguei aqui, há mais de 30 anos, São Paulo se mostrou para mim como eu a via em meu imaginário: a terra da garoa, que me recebeu com um céu cinzento, chuva fina e um frio atormentador para qualquer carioca.
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Em termos de beleza urbana, confesso, São Paulo não me pareceu assim tão glamurosa, logo de início. Muito pelo contrário! O escritório do banco em que eu trabalhava quando cheguei aqui ficava na Rua Genebra, uma travessa da Rua Maria Paula, no Centro, não muito longe da Câmara Municipal, local onde hoje exerço o meu mandato de vereadora. Para quem tinha recém-chegado do Rio de Janeiro, aquela região do Centro, certamente, não era considerada cenário digno de cartão postal.
Aos poucos, no entanto, a capital foi me envolvendo, me ‘acarinhando’ e mostrando sua verdadeira cara. A primeira casa em que morei ficava na Vila Madalena, já então um reduto boêmio. Atraída pela energia contagiante do bairro, tornei-me frequentadora assídua de bares como o BarTolo. Passei, assim, através dessa experiência, a vivenciar a cidade.
Por conta do trabalho, minha incursão por São Paulo passou a incluir a Avenida Paulista e, mais tarde, já no final da década de 90, a região da Faria Lima – o centro financeiro da cidade que, aí sim, esbanjava glamour. Mas minha experiência pregressa pela metrópole, que cada vez mais me encantava, não cabe neste breve artigo.
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Hoje eu procuro ‘desvendar’ São Paulo com olhos de quem luta para contribuir, como política e cidadã, para que a cidade se torne cada vez melhor para seus moradores. Vejo como um dos maiores desafios para 2023 cuidar das condições das pessoas em situação de rua, com políticas públicas sérias na área social, assunto que anda muito próximo da questão de zeladoria urbana.
Precisamos olhar com mais afeto e criar uma cidade mais acolhedora para todos. E isso significa, também, cuidar melhor das vias públicas, tapando as centenas de buracos nas ruas e calçadas que ameaçam pedestres e motoristas. É preciso cuidar das nossas áreas verdes, podar as árvores e manter nossos parques e praças limpos e com equipamentos que possam ser usados pela comunidade. Temos que organizar melhor as ciclovias e ciclofaixas, consertar os semáforos quebrados, para que o trânsito flua melhor. E olhar com mais cuidado para a questão do barulho.
Vamos cobrar da prefeitura que o dinheiro público – sempre limitado - seja melhor utilizado, em benefício de cada paulistano. Esse é meu desejo para o aniversário da minha cidade adotiva. Parabéns, São Paulo!
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*Cris Monteiro é vereadora em São Paulo pelo NOVO
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