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Programas como o Bolsa Família, o Fome Zero e o Minha Casa Minha Vida por exemplo, jamais foram aceitos por uma parcela da população que nunca passou fome ou ficou sem teto para dormir
22/02/2025 às 22:00
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Programas como o Bolsa Família, por exemplo, jamais foram aceitos por essa parcela da população, que nunca passou fome ou ficou sem teto para dormir | Lyon Santos/MDS
“Pois eu tive fome e vocês me deram de comer; tive sede e vocês me deram de beber; fui estrangeiro e vocês me acolheram; necessitei de roupas e vocês me vestiram; estive enfermo e vocês cuidaram de mim; estive preso e vocês me visitaram”.
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Quando segundo o evangelho de Mateus, Jesus proferiu a sentença acima, seus apóstolos não se recordavam de ter feito nada daquilo por ele, ao que o senhor teria respondido: “quando o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizeste”.
A passagem bíblica nos convida a refletir sobre as ações solidárias, especialmente no atendimento às necessidades básicas das parcelas mais fragilizadas da sociedade, que no Brasil de hoje podem ser os trabalhadores rurais sem terra; os povos e comunidades tradicionais e as pessoas em situação de rua, apenas para citar alguns exemplos.
Causa estranheza portanto, que num País de forte influência cristã com é o Brasil, programas sociais e o próprio trabalho de cidadãos e entidades assistencialistas, muitas vezes inspirados nos ensinamentos de Jesus, sejam tão frequente e intensamente atacados.
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Os mais jovens talvez não se lembrem da irmã Dorothy Stang, uma missionária que ficou conhecida por seu trabalho na Amazônia em defesa do meio ambiente, mas principalmente de assistência a trabalhadores rurais e povos extrativistas - mas talvez conheçam o Padre Julio Lancelotti, que dedica sua vida ao povo de rua.
Em 2005 a irmã Dorothy foi brutalmente assassinada e o padre Julio, como todos sabem, segue sendo atacado até hoje.
Algo semelhante acontece com ONG's ou programas do governo de combate a fome, iniciativas que deveriam ser reconhecidas e valorizadas, mas frequentemente são perseguidas e descredibilizadas por setores mais conservadores da sociedade.
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Programas como o Bolsa Família, o Fome Zero e o Minha Casa Minha Vida por exemplo, jamais foram aceitos por essa parcela da população, que nunca passou fome ou ficou sem teto para dormir.
O mesmo vale para o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) ou dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), que apesar de sua vocação cristã, se veem obrigados a se defender reiteradamente de acusações sem fundamento.
A boa notícia é que no Brasil, os movimentos sempre prevaleceram, a solidariedade e a luta em defesa da vida também.
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