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A Vila Sahy foi o bairro mais afetado e muitos dos seus moradores tiveram que deixar o local; outros bairros como Juquehy, Baleia Verde e Caburi também foram duramente impactados
20/02/2024 às 12:56 atualizado em 20/02/2024 às 13:29
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Vila Sahy, no litoral Norte de São Paulo | Divulgação/Governo do Estado
Há um ano atrás, diversos bairros de São Sebastião, no litoral norte paulista, sofreram com uma das mais impactantes tragédias que já assolou o município: foi praticamente uma semana de chuvas intensas que provocaram deslizamentos, alagamentos e mais de 60 mortes, além de centenas de desabrigados.
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A Vila Sahy foi o bairro mais afetado e muitos dos seus moradores tiveram que deixar o local. Outros bairros, como Juquehy, Baleia Verde e Caburi também foram duramente impactados.
Entre os compromissos assumidos pelo governo do Estado na ocasião, visando atender os moradores da região, estava prevista a entrega de 704 moradias até agosto do ano passado. Um ano após a tragédia, foram entregues apenas 186 unidades habitacionais na Vila Sahy, deixando ao menos 518 famílias desamparadas. A expectativa agora é que as demais residências sejam construídas nos bairros Baleia Verde, Topolândia e Camburi.
Além da falta de moradias e das dificuldades que as famílias atingidas enfrentam para seguir com suas vidas, a Associação de Moradores local questiona o governo do Estado sobre a insuficiência do duto construído para o escoamento de água no bairro Baleia Verde e cobram a prefeitura de São Sebastião pelos atrasos nas obras de contenção das encostas. As lideranças afirmam ainda que foi instalado um sistema de alarmes para tragédias (sirenes), apenas na Vila Sahy, deixando outras zonas de risco desassistidas.
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Segundo o Centro Nacional de Desastres Naturais, em 2023 o Brasil bateu o recorde deste tipo de ocorrência, com 1161 casos que afetaram 5,8 milhões de brasileiros, muitos dos quais perderam suas vidas, suas casas ou tiveram perdas econômicas significativas.
Apesar do Estado de São Paulo ter sido o segundo mais atingido, atrás apenas do Rio de Janeiro, pouco se ouve falar de prevenção, mitigação ou atendimento às vítimas e menos ainda do enfrentamento à emergência climática, que vem intensificando os fenômenos extremos. Falta ao governador uma visão estratégica mas principalmente, de cuidado com a população.
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