Jorge Mario Bergoglio nasceu na Argentina, em 1936. Aos 22 anos o jovem descendente de italianos ingressou na Companhia de Jesus (a ordem dos Jesuítas), pautada no amor; no serviço; na justiça; no cuidado com a pessoa; na colaboração e na sustentabilidade.

Antes de ser eleito Papa, Bergoglio graduou-se em filosofia e teologia; lecionou literatura e psicologia; foi reitor da Faculdade de Filosofia e Teologia e concluiu doutorado na Alemanha, onde aprimorou seu conhecimento da língua daquele País, que se somou à fluência no espanhol e no italiano, além do conhecimento avançado em francês, um pouco de inglês, português e latim.

Foi depois de uma extensa e rica trajetória acadêmica e na igreja católica que, em 2013, o então cardeal argentino foi eleito Papa, suscedendo Joseph Ratzinger, o Bento XVI, que renunciara ao cargo, uma atitude rara na Santa Sé.

Mario é o primeiro jesuíta a ser escolhido Papa, mas seu ineditismo à frente da Igreja Católica não parou por aí: é também o primeiro originário do continente americano e de todo o hemisfério sul e o primeiro nascido e criado fora da Europa desde o século VIII.

A escolha do nome Francisco foi uma referência óbvia a São Francsico de Assis, filho de um rico comerciante italiano que abdicou de suas posses para se dedicar aos pobres e à natureza.

A escolha do nome não poderia ter sido mais acertada. Quando foi perguntado se aceitava o cargo para o qual havia sido eleito, Francisco respondeu:

"Eu sou um grande pecador, confiando na misericórdia e paciência de Deus, no sofrimento, aceito."

É com essa humildade e sabedoira que o Papa tem revolucionado a Igreja, que voltou a olhar com mais carinho para as pessoas em situação de vulnerabilidade, as minorias e os oprimidos da Terra.

Esse mesmo olhar o Papa tem direcionado para toda a criação divina, sejam as plantas, os animais ou as águas e o próprio planeta - “a nossa casa comum”, atitude que encheria o próprio São Francisco de Assis de orgulho.

Além dessa dedicação aos cânones da Igreja, o Papa Francisco é sem dúvida uma das lideranças religiosas mais antenadas com os desafios do nosso tempo, na construção de um mundo mais justo e sustentável.

Não a toa, uma enorme corrente, na qual eu me incluo, se formou por todo o planeta em oração pela sua plena recuperação. Francisco, nós estamos com você!