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Nilto Tatto

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Extra Virgem

Preço subiu tanto que até o maior produtor do mundo trocou azeite por óleo de girassol

23/08/2024 às 22:00

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Dados oficiais apontam que as vendas de azeite caíram 18% em relação ao primeiro semestre de 2023

Dados oficiais apontam que as vendas de azeite caíram 18% em relação ao primeiro semestre de 2023 | Pexels/Pixabay

A escalada nos preços do azeite de oliva está mudando hábitos seculares na Espanha, responsável por 40% da produção mundial do extrato das azeitonas.

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Até o final de 2023, o azeite era o óleo de cozinha mais popular no país, com uma fatia de 62% do mercado. E o girassol representava 34% desse segmento, segundo o governo espanhol. 

Mas, veio 2024 e a safra novamente foi baixa devido à seca e ao calor na primavera. E os espanhóis tiveram de migrar para o óleo alternativo.

Dados da maior associação de produtores do país apontam o consumo de 107 milhões de litros de azeite no primeiro semestre de 2024. E de 179 milhões de litros de óleo de girassol no mesmo período.

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Dados oficiais apontam que as vendas de azeite caíram 18% em relação ao primeiro semestre de 2023, enquanto o comércio de óleo de girassol aumentou 25%. E esse movimento foi puxado pelas famílias de baixa renda.

No final do ano passado, o azeite de oliva já era consumido principalmente pelas classes média e média alta.

Uma garrafa de óleo de girassol custava em média 1,86 euros por litro em 2023, enquanto os tipos de azeite de oliva valiam 50% a mais que em 2022. Um litro de azeite extra-virgem custava até 14,5 euros nos supermercados.

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Para reverter a queda no consumo e aliviar o custo das famílias, em junho o governo espanhol reduziu impostos.

Cálculos do Conselho Oleícola Internacional (COI) revelados durante o 1º Congresso Mundial do Azeite mostram que a produção global foi de 3,42 milhões de toneladas em 2021/22.

Durante o Congresso realizado no final de junho, em Madri, os 37 Estados-membros do COI projetaram que o volume disponível vai diminuir novamente em 2023/24, para 2,41 milhões de toneladas.

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E as mudanças climáticas estão promovendo uma lenta, mas progressiva redução na profusão de sabores dos óleos produzidos às margens do Mar Mediterrâneo.

Sai o perfume de azeitonas galegas, verdeais e madurais, cultivadas há séculos em terras portuguesas e espanholas, entram as plantações intensivas e super intensivas.

E a variedade italiana arbequina invade especialmente a região do Alentejo. Ela é mais produtiva, resiste bem ao calor e ao estresse hídrico, condições que se tornaram o ‘novo normal’ na Europa, onde a temperatura sobe 20% mais rápido que no resto do planeta.

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E a ‘nova’ azeitona chegou e continua a invadir as terras de Camões e de García Lorca pelas mãos de corporações que avançam sobre as quintas transferidas de pai para filho há gerações.

Está cientificamente demonstrado que o consumo de azeite ajuda na digestão dos alimentos, mantém um nível adequado de colesterol no sangue e diminui o risco cardiovascular. Ele também está associado a um aumento da capacidade antioxidante e anti-inflamatória.

A valentia dos paulistas...

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Valentes, os citricultores paulistas estão lidando há uma década com uma doença que dizimou laranjais ao redor do mundo. Mas, aqui, não! Mesmo com o cenário adverso, com as mudanças climáticas e com os custos de produção em alta, o setor bateu recorde na geração de empregos na safra 2023/24. 

No total, o setor gerou 45.112 empregos no cinturão citrícola, segundo a Associação Nacional dos Exportadores de Sucos Cítricos (CitrusBR). Ou seja, 78% dos empregos gerados pela citricultura no Brasil estão no estado de São Paulo.

...nos pomares de laranja...

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No mais recente levantamento do Instituto de Economia Agrícola, vinculado à Secretaria de Estado de Agricultura e Abastecimento, a laranja está entre os cinco principais produtos do agro paulista, responsável por 8,2% de tudo que foi exportado por São Paulo, com um montante de US$1,15 bilhão na balança do Estado.

...e os milhares de empregos

Toda a cadeia produtiva da laranja gera cerca de 200 mil empregos diretos e indiretos, com US $189 milhões em impostos. A cadeia produtiva do suco de laranja brasileiro responde por 74% das vendas globais da bebida, com a liderança disparada de São Paulo.

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Ofertas na feira

Abacaxi pérola, coco verde, limão taiti, maracujá, melancia, tangerina murcott, batata-doce rosada, mandioca, pimentão verde; tomates carmem, pizzad’oro, rasteiro e sweet grape; alfaces crespa, lisa e americana; couve, manjericão, repolho verde, rúcula e salsa fecham a semana com preços em queda na Ceagesp.

Filosofia do campo:

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“Não troco seu despertador pelo cantar do galo/Não troco seu carro bonito pelo meu cavalo/Não troco seu ar poluído pelo pó da estrada/Aqui não tem trânsito, só tem boiada/Nosso céu é limpo e a noite, enluarada/Aqui, nosso alimento é a gente que faz...”, José Toscano Martins Neto e Irineu Vaccari, músicos paulistas, em ‘Vivendo Aqui no Mato’.

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