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Não é de hoje que o marketing político define os rumos das eleições
05/09/2024 às 20:00 atualizado em 07/09/2024 às 10:57
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Em primeiro lugar, você precisa saber quem é seu candidato ou candidata | Pexels/Joel Alencar
Quem não se lembra da campanha bem sucedida para o governo do Estado, que transformou um milionário com vasto antecedente na política em um suposto outsider de codinome “trabalhador”?
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João Dória foi eleito prefeito e governador, mas tão rápido quanto surgiu, desapareceu, deixando um grande vazio como legado. Acontece que não existe vácuo na política.
A campanha vitoriosa de Jair Bolsonaro nas eleições de 2018 também criava a imagem de alguém de fora, ainda que fosse outra mentira, com o grande mérito de criticar aquilo que ele mesmo praticou durante quase 30 anos como típico político do Centrão.
A ideia de que João Dória poderia gerir bem a cidade porque era bem sucedido com seus negócios particulares, ou de que Jair Bolsonaro seria honesto porque parecia sincero, se deram a partir de narrativas construídas por raciocínio aparentemente correto, mas que levam a falsas conclusões.
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Com a proximidade das eleições municipais, precisamos tomar cuidado com o discurso vibrante e eloquente, porém raso e enganador do marketeiro. Em primeiro lugar, você precisa saber quem é seu candidato ou candidata.
De onde veio? Qual sua história? Como aquilo que fez ou faz até hoje o qualifica ao cargo? Se tem dinheiro, como enriqueceu? Se é empresário ou empresária, quais são as empresas e em qual ramo atuam? Não pode haver conflito de interesses? Além disso, procure sempre observar se a pessoa se coloca de forma clara, direta e transparente.
Tendo uma ideia mais profunda sobre o candidato ou candidata, ainda é preciso conhecer suas propostas, já que você não terá tempo nem disposição para ler os planos de governo dos candidatos. Ouça com atenção aquilo que cada um propõe e pense se os projetos são tangíveis e se atendem às suas expectativas com relação ao tema e a cidade.
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Projetos muito mirabolantes e fantásticos geralmente são apenas chamarizes, ou programas natimortos que consumirão rios de dinheiro com desvios e corrupção.
Eleger um bom representante não é tão simples quanto chegar no dia da votação e digitar números na urna. Votar dá trabalho porque a democracia não é um estado sólido, consolidado, mas uma busca que exige permanente vigilância.
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