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Nilto Tatto

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A pauta ambiental na eleição municipal

Temas como a segurança pública, o aborto e até a Venezuela foram mais debatidos do que o saneamento, a transição ecológica e o enfrentamento às emergências climáticas, por exemplo

12/10/2024 às 08:00

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Pior para os eleitores, que em muitos casos foram às urnas sem saber exatamente no que estavam votando

Pior para os eleitores, que em muitos casos foram às urnas sem saber exatamente no que estavam votando | Reprodução/Agência Brasil

Findo o primeiro turno das eleições, boa parte dos municípios brasileiros já elegeu seus prefeitos, mas com a pauta ambiental, urgente para a vida, ausente ou com pouco destaque. 

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Apesar de não ser competência direta de prefeitos e vereadores, temas como a segurança pública, o aborto e até a Venezuela foram mais debatidos do que o saneamento, a transição ecológica e o enfrentamento às emergências climáticas, por exemplo.

É desalentador pensar que em meio às graves consequências do aquecimento global, intensificadas pelas ondas de queimadas criminosas que assolam o País, pouco ou nada sobre a pauta ambiental tenha sido apresentado na maioria das disputas para o executivo e legislativo municipais. 

A decepção é maior ainda quando notamos que muitas cidades do Norte do País, castigado pela seca e pelas queimadas; do Centro Oeste, também assolado pelo fogo e do Sul, vítima das enchentes, tenham eleito candidatos negacionistas.

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Na região norte, por exemplo, 22 municípios prioritários optaram por não aderir as iniciativas do governo Federal de combate às queimadas e o desmatamento ilegal e destes, 14 têm prefeitos latifundiários. 

Apenas três prefeituras explicaram as razões para essa decisão, citando falta de equipe técnica, mesmo que o programa preveja um valor inicial de R$500 mil para aquisição de equipamentos e para estruturação de escritórios de governança. 

Além disso, o agronegócio comanda alguns dos municípios com os piores índices de desmatamento da Amazônia - realidade que não deve mudar tão cedo se observarmos o resultado das urnas. 

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Outro exemplo é a capital gaúcha, cujo prefeito que negligenciou a contenção de enchentes e abandonou Porto Alegre à própria sorte, foi reeleito. 

O apelo político das pautas de costumes, aliado ao desconhecimento da população sobre as atribuições dos municípios, cria um terreno fértil para a propagação de informações ilusórias durante as campanhas. 

Pior para os eleitores, que em muitos casos foram às urnas sem saber exatamente no que estavam votando.

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