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Nilson Regalado

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Preço de alimentos do café da manhã despenca em junho; mas consumidor precisa ficar atento

Segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, a queda mais expressiva foi no preço do trigo em grão

07/07/2023 às 12:01  atualizado em 07/07/2023 às 12:10

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O clima ajudou, a safra foi boa no Brasil, e Ucrânia e Rússia seguiram exportando trigo, mesmo com a guerra

O clima ajudou, a safra foi boa no Brasil, e Ucrânia e Rússia seguiram exportando trigo, mesmo com a guerra | Snapwire/Pexels

Café, leite e trigo estão mais baratos. Pelo menos na porteira da fazenda! Mas, é preciso que o consumidor fique atento para que essa redução nos preços chegue aí na cidade porque, senão, indústria, transportadores e o comércio vão acabar ampliando suas margens de lucro sem repassar esse ‘desconto’ aos preços em supermercados e padarias.

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Segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/USP), a queda mais expressiva foi no preço do trigo em grão. O clima ajudou, a safra foi boa no Brasil, e Ucrânia e Rússia seguiram exportando trigo, mesmo com a guerra. Assim, no Rio Grande do Sul, um dos maiores produtores do Brasil, os preços na porteira da fazenda estão 41,3% mais baratos, na comparação com junho de 2022.

O preço da saca de 60 quilos de café arábica entregue na cidade de São Paulo também despencou. Segundo o Cepea/USP, o valor caiu 16,7% em junho. O café arábica é aquele mais nobre, com mais sabor e aroma. E ele está em plena colheita em São Paulo, Minas Gerais, Paraná e Bahia.

Já os produtores de leite sofreram um baque em plena entressafra, com a queda de 6,2% nos preços pagos pelos laticínios em junho, na comparação com maio. Na porteira da fazenda, o leite fechou o mês valendo, em média, R$ 2,72 por litro. E os motivos são o baixo consumo, a redução no custo de insumos para alimentação das vacas e o aumento avassalador das importações.

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A fila anda...

Concluídas as reformas fiscal e tributária, o Congresso Nacional deverá mirar no segundo semestre o marco legal das usinas eólicas em alto-mar (offshore). A aposta é do secretário de Economia Verde do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Rodrigo Rollemberg.

...na política e na vida

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Para o secretário do ministro Geraldo Alckmin, o Plano Nacional do Hidrogênio também deve avançar no Congresso Nacional, afinal essa é uma política que pode criar diferenciais competitivos para a economia brasileira.

Vento que venta lá...

O marco legal que prevê a geração de energia em alto-mar a partir da força dos ventos já foi aprovado no Senado e agora tramita na Câmara. No total, há 73 pedidos de licença no Ibama de empresas interessadas nas eólicas offshore só esperando a regulamentação da atividade pelo Congresso Nacional.

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...não venta cá

O secretário tem trabalhado junto aos ministérios do Meio Ambiente, de Minas e Energia e da Casa Civil nos ajustes finais no projeto das eólicas offshore. Essas usinas em alto-mar devem gerar a energia elétrica necessária à produção de hidrogênio verde em portos-indústria do Nordeste.

Santos e Cubatão...

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O hidrogênio (H2) é considerado o combustível da próxima década pela Eletrobras, é matéria-prima para as indústrias de aço e de fertilizantes, além de ser usado na produção da nova geração de combustíveis para navegação. O H2 também pode ser produzido a partir do gás natural, que é abundante na Bacia de Santos, mas vem sendo desperdiçado nas plataformas de petróleo e desviado para o Litoral Norte do Rio de Janeiro, onde vai mover a economia da região nas próximas décadas.

...podem ‘perder o bonde’

A Secretaria do Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística anunciou em junho que já mapeou 21 projetos voltados para a transição energética no Estado de São Paulo. Só os projetos para produção de H2 deverão receber financiamento público de R$ 500 milhões. Porém, o foco é o hidrogênio produzido a partir de etanol e biometano. E isso deverá beneficiar as indústrias do Interior do Estado, deixando de lado o Pólo Petroquímico de Cubatão e o Porto de Santos...

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Filosofia do campo:

“A maior desgraça de uma nação pobre é que, em vez de produzir riqueza, produz ricos...”, Mia Couto, escritor moçambicano.

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