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Nilson Regalado

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Portos devem receber investimento de US$ 19,8 bi em projetos de hidrogênio verde

Objetivo da substituição dos combustíveis fósseis por energias limpas é atender compromissos firmados no Acordo de Paris, em dezembro de 2015

23/06/2023 às 16:00  atualizado em 23/06/2023 às 16:33

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O Brasil surge como um dos principais protagonistas na produção do hidrogênio verde devido ao baixo custo de produção no País

O Brasil surge como um dos principais protagonistas na produção do hidrogênio verde devido ao baixo custo de produção no País | Divulgação/SDE

O Comitê Gestor do Programa Nacional do Hidrogênio (PNH-2) se reunirá duas vezes em julho. O primeiro encontro será aberto à participação do PIB do setor de energia do Brasil e do exterior, formado por grandes empresários e fundos de investimentos interessados em investir no País. A segunda reunião discutirá as 656 propostas apresentadas ao PNH-2 durante a consulta pública promovida pelo Governo Federal. Essas sugestões, 73% vindas do setor privado, vão embasar a redação final do Plano Trienal 2023-2025, a ser elaborado pela Secretaria Nacional de Transição Energética e Planejamento. Só nos portos do Nordeste, os investimentos em hidrogênio verde devem chegar a US$ 19,8 bilhões nos próximos anos.

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Considerado “o combustível da próxima década” pelo presidente da Eletrobras, Wilson Ferreira Júnior, o hidrogênio verde (H2V) deve substituir combustíveis fósseis, como diesel, gasolina e carvão. Por isso, é considerado fundamental no processo de transição energética em curso no mundo desenvolvido.

O objetivo da substituição dos combustíveis fósseis por energias limpas é atender compromissos firmados no Acordo de Paris, em dezembro de 2015. Signatário do documento, o governo brasileiro se comprometeu a reduzir em 50% as emissões de gases do efeito estufa no País até 2030. E optou por dois caminhos para atingir essa meta: zerar o desmatamento das florestas e limpar a matriz energética brasileira com o incentivo a fontes renováveis, como o H2V e a energia solar e dos ventos.

E o Brasil surge como um dos principais protagonistas na produção do hidrogênio verde devido ao baixo custo de produção no País. Também concorrem a favor a infraestrutra de gasodutos que o Brasil já dispõe e a facilidade de exportação para Europa, Estados Unidos e Ásia a preços competitivos.

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O H2V pode ser usado nas indústrias de aço e de fertilizantes, trazendo ganhos incalculáveis para a balança comercial brasileira. Mas, o ‘combustível do futuro’ também pode substituir diesel e gasolina, tanto no transporte leve como em caminhões.

Convertido em amônia verde, o H2V pode mover navios mundo afora.

E os principais investimentos previstos para o Brasil estão justamente em portos-indústria. Esse é o caso de Suape, em Pernambuco, e especialmente, de Pecém, no Ceará.

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Nesses dois portos, já há pelo menos cinco projetos em diferentes fases de implementação, projetos bilionários aguardam a definição de um marco regulatório que traga segurança jurídica aos investidores.

Diante da ânsia do mercado, o tema virou discussão obrigatória na Câmara dos Deputados, onde foi formalizada em 31 de maio a Comissão Especial da Transição Energética e Produção do Hidrogênio Verde. No Senado, há pelo menos dois projetos em análise. E no Governo Federal foi formado o Comitê Gestor do PNH-2.

Márcio França

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Com o volume de investimentos previstos para Pecém e Suape, até o ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França, falou sobre o H2V durante agenda no Maranhão, no último dia 14.

O tema é tão relevante que o Ministério de Portos e Aeroportos (MPOR) indicou para o cargo de membro titular do Comitê Gestor do Programa Nacional do Hidrogênio seu diretor de Gestão e Modernização Portuária, Otto Luiz Burlier Silveira Filho.

Oriundo da Companhia Docas da Bahia, Silveira Filho tomou posse no último dia 7, conforme a Portaria 389, assinada pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira.

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A reportagem do Diário do Litoral e da Gazeta de S. Paulo vem procurando, reiteradamente, a Assessoria Especial de Comunicação Social do Ministério de Portos e Aeroportos desde o último dia 16.

O objetivo é esclarecer, por exemplo, se há alguma tratativa visando investimentos em H2V nos portos de Santos e São Sebastião.

Porém, a Assessoria Especial de Comunicação Social preferiu interrogar o repórter ao invés de agendar uma entrevista com Silveira Filho.

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O Comitê Gestor do PNH-2 reúne representantes de onze ministérios, sob a coordenação do Ministério de Minas e Energia.

Filosofia do campo:

“Ler bons livros é como conversar com as melhores mentes do passado”, René Descartes (1596-1650), filósofo e matemático francês.

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