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Nilson Regalado

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Navios carbono zero vão revolucionar combate ao aquecimento global, diz o MIT

Método prevê a incorporação de uma nova atividade econômica a navios e plataformas de petróleo

10/03/2023 às 12:55  atualizado em 10/03/2023 às 13:04

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A nova tecnologia observa mandatos internacionais que prevêem a redução dessas emissões, transformando os navios em depuradores oceânicos

A nova tecnologia observa mandatos internacionais que prevêem a redução dessas emissões, transformando os navios em depuradores oceânicos | Vinicius Stasollaa/MSC

Pós-doutores em Engenharia Mecânica ligados ao Massachussets Institute of Technology (MIT) apresentaram no final de fevereiro uma nova tecnologia com potencial para revolucionar o sequestro de carbono da atmosfera. O método prevê a incorporação de uma nova atividade econômica a navios e plataformas de petróleo, que também passariam a atuar como usinas autônomas para conversão do dióxido de carbono (CO2) em matéria-prima para a indústria E, segundo os cientistas, navios e plataformas off shore tendem a ser “muito mais eficientes” nessa captura do CO2 que outros mecanismos do gênero.

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Mais: o trabalho desenvolvido no MIT prevê que o gás causador dos eventos climáticos extremos capturado seja convertido quimicamente em etanol. Ou seja, além de reduzir a quantidade de CO2 na atmosfera, o sistema ainda viabiliza a transição energética para uma economia verde em escala global.

Os oceanos absorvem até 40% de todo CO2 produzido pelas atividades humanas. E, segundo os autores do estudo, o novo mecanismo é “verdadeiramente barato”, capaz de mitigar a contribuição do tráfego de navios para o aquecimento do Planeta. A nova tecnologia observa mandatos internacionais que prevêem a redução dessas emissões, transformando os navios em depuradores oceânicos.

Na prática, os cientistas aperfeiçoaram uma tecnologia anterior, considerada cara. Com os avanços apresentados agora, células eletroquímicas e eletrodos reativos acidificam a água para, em seguida, torná-la alcalina antes de liberá-la de volta ao mar.

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Essa remoção de dióxido de carbono e a reinjeção da água alcalina também podem reverter a acidificação dos oceanos causada pelo acúmulo do CO2 no mar, que ameaça especialmente os recifes de corais e moluscos.

Estimativas da ONU apontam que U$ 803 bilhões foram aplicados em ações climáticas no biênio 2019/20. Porém, só os países em desenvolvimento, exceto a China, vão precisar de US$ 1 trilhão em 2025 para enfrentar os efeitos da mudança climática. Em 2030, serão necessários US$ 2,5 trilhões.

Com sistemas financeiros sólidos, Leste da Ásia, Europa Ocidental, América do Norte e Japão concentram 81% de todo o investimento privado no clima. Já nos países pobres e em desenvolvimento é o Estado quem precisa financiar as ações para mitigar efeitos da mudança climática.

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Fundado em 1861 em resposta ao avanço da industrialização nos Estados Unidos, o MIT segue o modelo europeu de escola politécnica Por dez anos consecutivos, o MIT é considerado a melhor universidade do mundo, segundo o ranking de 2022 Quacquarelli Symonds, um dos mais conceituados do mundo.

O governo de Joe Biden considera o enfrentamento às mudanças climáticas uma cruzada de toda a humanidade, com o mesmo grau de importância histórica que tiveram da ida do homem à lua e o fim do regime de Adolf Hitler.

Filosofia do campo:

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“Caiçara vive de teima, igualzinho banana, moço/A muda na cova, cabeça pra baixo, adubo queimando, sol demais, chuva sobrou... E o broto teimoso levanta a cabeça, fura a terra, vara a chuva, encara o sol, sobe, cacheia, dá fruta/Caiçara vive de teima, moço, igual banana...”, Alzira Pacheco Lomba Kotona, in ‘Vale da Esperança’.

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