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Associação Brasileira de Proteína Animal projeta que a produção de suínos terá alta de 4% e a de frango subirá para 14,7 milhões de toneladas
13/01/2023 às 18:09 atualizado em 13/01/2023 às 18:14
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Aves e peixes vão suprir a queda da carne | Claudio Schwarz/Unsplash
Líder mundial em financiamento para o agro, o Rabobank projeta um 2023 difícil para o setor de proteína animal. Presente em mais de 40 países, o banco holandês prevê custos de produção elevados devido a crises geopolíticas não resolvidas em 2022, como a Guerra da Ucrânia. Diante deste cenário, o Global Animal Protein Outlook 2023 sugere que o preço das carnes permanecerá elevado. Divulgado em dezembro, o documento alerta para a migração do consumidor para itens mais baratos e de conveniência, como os empanados.
Fundada em 1898, o banco projeta redução na oferta global de carne bovina devido à seca prolongada nos Estados Unidos. O banco também cita o enfraquecimento do mercado de suínos na Europa. Porém, o Rabobank prevê crescimento moderado na oferta global de proteína, garantido pela produção de aves e de frutos do mar em cativeiro.
Aqui, a Associação Brasileira de Proteína Animal projeta que a produção de suínos terá alta de 4% e a de frango subirá para 14,7 milhões de toneladas, acima dos 14,5 milhões de 2022. Mas, a ABPA admite que o consumidor continuará pagando caro pelas carnes devido ao custo elevado de soja e milho, principais matérias-primas das rações.
Outro motivo são os embarques para mais de 150 países, que devem bater recorde. Em 2023, o Brasil deverá exportar 5,2 milhões de toneladas de carne de frango, 8,5% a mais que em 2022, o que manterá o País na liderança mundial na exportação dessa proteína. Já as vendas externas de carne suína devem subir para 1,25 milhão de toneladas, 12% acima do volume de 2022.
Mudança climática...
As mudanças climáticas estão afetando as castanheiras na Amazônia. Uma pesquisa publicada em dezembro mostrou que o aumento da temperatura e a redução da umidade provocados pelo El Niño podem reduzir em até oito vezes a produção de castanha-do-pará. O estudo foi conduzido entre 2015 e 2017, no sul do Amapá.
...provoca prejuízo...
O El Niño ocorre quando as águas do Oceano Pacífico se aquecem, influenciando o clima de várias regiões do mundo. Em 2015 e 2016, esse fenômeno foi o mais intenso dos últimos 50 anos e elevou em 2,1°C a temperatura da Amazônia.
...milionário na Amazônia
A quebra na produção aumentou o preço da castanha em 140% e provocou invasões na floresta. A castanheira é manejada pelos povos ameríndios desde antes da invasão europeia. O Brasil é o maior produtor mundial de castanha-do-pará e exporta 90% do que produz. Só em 2015, o fruto rendeu US$ 41 milhões em exportações, segundo a Universidade Federal do Paraná.
Extinção no mar...
Três instituições de defesa ambiental entraram com ação no Tribunal de Comércio Internacional exigindo que o Governo dos EUA proíba a importação de produtos de origem animal do México.
...cria impasse nos EUA
O motivo é a incapacidade dos mexicanos de impedir a iminente extinção de uma pequena espécie de boto conhecida como vaquita, da qual restam apenas dez animais. Só em frutos do mar, o prejuízo pode chegar a US$ 600 milhões...
Filosofia do campo:
“Só quando a última árvore for derrubada, o último peixe for morto e o último rio for poluído é que o homem perceberá que não pode comer dinheiro”, provérbio indígena.
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