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Nilson Regalado

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Atenção, abra o olho

Com preços recordes do café, "cafake" invade supermercados brasileiros

08/02/2025 às 17:43  atualizado em 08/02/2025 às 17:58

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Abra o olho, consumidor! Com os preços recordes no mercado internacional, acaba de chegar ao mercado ao "café fake"

Abra o olho, consumidor! Com os preços recordes no mercado internacional, acaba de chegar ao mercado ao "café fake" | Marcello Casal/Agência Brasil

Abra o olho, consumidor! Com os preços recordes no mercado internacional, acaba de chegar ao mercado ao “café fake”.

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Com embalagem parecida ao grão torrado e moído tradicional, o “cafake” é feito à base de subprodutos da colheita. E ele tem cheiro de café e aparência de café, mas é produzido a partir de cascas removidas dos grãos, folhas e até pedaços de galhos do cafeeiro, exceto a semente do café. E o consumidor desavisado acaba levando para casa um produto “sabor café”.

A primeira carga do “cafake” foi encontrada em supermercados de Bauru, no Interior Paulista, no final de janeiro. O alerta foi feito pelo diretor-executivo da Associação Brasileira da Indústria de Café (ABIC), Celírio Inácio da Silva.

O café fake é uma “clara e evidente tentativa de burlar e enganar o consumidor”, disse o diretor da ABIC à Agência Reuters de notícias nesta semana. O produto é empacotado por uma empresa que atua no mercado há 32 anos e tem sede em Salto de Pirapora (SP).

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A entidade denunciou o caso ao Ministério da Agricultura e à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), porque há preocupação com a saúde dos consumidores.

E também há uma questão de credibilidade do produto: em 2024, a ABIC criou um selo para atestar a qualidade do café comercializado pelas principais marcas que atuam no mercado nacional. O objetivo era conter a venda de grãos moídos misturados com milho torrado, por exemplo.

“O Brasil mostrou que café não é tudo igual, tirando esse ranço de que não bebemos bons cafés. Se não combatermos isso, as pessoas vão começar a beber este ‘cafake’ e dizer que não gostam. E elas podem diminuir o consumo (do café tradicional)”, resumiu o diretor da ABIC.

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O café fake é comercializado por cerca de R$ 15,00 nas embalagens de 500 gramas, metade do preço médio do café torrado e moído.

Preço do café...

Depois de atingir, em janeiro, a maior média mensal da série histórica iniciada em 1996, a saca de 60 quilos do café arábica inicia fevereiro com máximas reais na Capital Paulista. Segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, a saca superou os R$ 2.565,00 ao longo da semana.

...não para de subir...

O impulso segue vindo da oferta limitada de grãos para negócio e dos estoques apertados. A demanda internacional voraz e projeções indicando quebra de 11,6% na colheita de Minas Gerais, por exemplo, na safra 2025/26 colaboram para essas altas históricas nos preços.

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...por estoques reduzidos...

“As vendas da safra brasileira 2024/25 seguem aceleradas, com 82% do (café) arábica e 91% do (café) conilon já comercializados, superando a safra anterior e a média. Capitalizados, os produtores mostram pouco interesse em novas vendas, o que também ocorre em outras origens, como Vietnã, América Central, Colômbia e Índia”, observa Laleska Moda, analista de Inteligência de Mercado da consultoria internacional Hedgepoint Global Markets.

...no pior momento em 46 anos

“Estamos passando por um momento de muita tensão. Nem na geada de 1979 achei preços tão elevados. Isso faz com que a matéria-prima fique cada vez mais disputada e os industriais vão repassar esses preços”, disse o diretor da Associação Brasileira da Indústria de Café, Celírio Inácio da Silva.

Arroz barato no Brasil...

Em janeiro, a cotação média do arroz na porteira da fazenda foi de R$ 99,72 pela saca de 50 quilos. E esse é o menor valor desde agosto de 2023. No comparativo com janeiro/24, a desvalorização é de 21,63%. Os dados são do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, ligado à Escola de Agronomia da USP.

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...e caríssimo no Japão

O primeiro-ministro japonês, Shigeru Ishiba, determinou a adoção de medidas para conter a inflação dos alimentos, incluindo uma liberação sem precedentes de arroz estocado pelo governo. Os preços de vegetais e outros custos de vida dispararam no Japão nos últimos meses. Segundo a Agência Reuters, o preço do arroz aumentou 55% em 2024 no País.

Aqui no Brasil, os estoques reguladores de alimentos foram zerados durante os governos Michel Temer (2016/2018) e Jair Bolsonaro (2019/2022), após quase um século sendo usados para conter a inflação.

Ofertas na feira

Santa Catarina abriu oficialmente a colheita da pitaya na última quinta-feira. E, em cotação realizada nesta semana no atacado da Ceagesp, a fruta já estava 56,9% mais barata que há 30 dias. Na comparação anual, a pitaya está 6,5% mais em conta que em fevereiro de 2024.

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Ofertas na feira 2

Ameixa rubi mel, lichia, limão taiti, uva niágara; abóboras japonesa, moranga e paulista; batata-doce rosada, berinjela, beterraba, jiló, mandioca, pimentão verde, pepinos caipira e comum; alfaces crespa, lisa e americana; brócolis ninja, couve manteiga, escarola, milho verde, manjericão, batata lavada e cebola nacional fecham a semana com preços em queda na Ceagesp.

Filosofia do campo:

“Sabe o que ela me lembra? Uma rosa perfumada num buquê de flores artificiais”, Jorge Amado (1912/2001), escritor baiano, em ‘Gabriela, Cravo e Canela’.

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