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Uma Política Diferente

Que futuro queremos para as nossas crianças?

Pedro Henrique Fonseca

29/08/2023 às 12:02  atualizado em 29/08/2023 às 14:39

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Marina Helou é deputada estadual em São Paulo

Marina Helou é deputada estadual em São Paulo | Divulgação

Quando falamos de crianças, o senso comum é dizer que queremos tudo do bom e do melhor para elas. Muitas pessoas desejam para seus filhos uma vida melhor do que tiveram. Outras dizem que as crianças são o futuro do país. Nossas intenções podem ser boas, mas que mundo estamos deixando para elas?

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A primeira infância, período que abrange a fase do 0 aos 6 anos, é o mais importante para o desenvolvimento humano. É quando nossa capacidade cognitiva tem mais potencial de aprendizagem. O artigo 227 da Constituição Federal garante que crianças e adolescentes são prioridade absoluta. É o único trecho da Constituição que coloca as palavras “prioridade” e “absoluta” juntas. 

Então, por que na realidade não é assim? No estado de São Paulo, por exemplo, não sabemos sequer qual é o orçamento exato destinado para políticas públicas de Primeira Infância. Como deputada estadual, tenho pressionado o Governo de São Paulo a construir um quadro consolidado com as ações voltadas à  Primeira Infância no Plano Plurianual. Só assim saberemos o quanto gastamos e poderemos discutir, com qualidade, a suficiência - ou não - dos recursos destinados à primeira infância.

Também é impossível falarmos em crianças e em futuro sem nos conectarmos com a pauta mais urgente do momento: as mudanças climáticas. Segundo relatório do UNICEF divulgado ano passado, mais de 40 milhões de crianças e adolescentes estão expostas a um ou mais riscos ambientais agravados pelas mudanças climáticas no Brasil. 

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São crianças e adolescentes como os que vivem diariamente as consequências da tragédia no Litoral Norte, ocorrida em fevereiro deste ano. Sem casa, sem família, sem escolas. Muitos ainda não retornaram aos estudos e sofrem danos psicológicos que afetarão o restante de suas vidas. 

2023 tem sido o ano mais quente da história desde o início das medições globais. E as expectativas, segundo especialistas, não são animadoras. De acordo com estudos publicados pela revista Science em 2021, crianças nascidas em 2020 sofrerão sete vezes mais ondas de calor do que pessoas nascidas na década de 60. Se continuarmos neste caminho, o que vão enfrentar as crianças que nascerem daqui a duas ou três décadas?

Falar sobre o futuro é discutir o agora. Sobre o que temos feito hoje e o impacto das nossas ações amanhã. As consequências das mudanças climáticas afetam primeiramente os mais vulneráveis, escancaram as desigualdades, potencializam o racismo ambiental, a insegurança alimentar e a evasão escolar. Mexem diretamente com as oportunidades que cada indivíduo terá ao longo da vida.  

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Escrevo este tema no primeiro artigo para esta coluna porque essas são duas pautas que me movem: infância e meio ambiente. Como deputada estadual, trabalho para construirmos soluções que melhorem a vida das nossas crianças e ajudem na criação de um novo modelo de desenvolvimento sustentável para todos. 

Mas não faço nada sozinha. Por isso, convido você a somar e participar do nosso mandato propondo ideias e colaborando com o que já temos feito. Como sempre digo, só conseguiremos mudar a política se, de fato, participarmos dela. Vamos juntos?

*Marina Helou é deputada estadual em São Paulo e cumpre seu segundo mandato pela Rede Sustentabilidade. Tem como pautas prioritárias a infância, meio ambiente e desenvolvimento sustentável, segurança pública e direitos humanos, além da vida segura de mulheres e meninas.

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