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Leonardo Sandre

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Palmeiras e Flamengo: O contraste entre o sucesso e a incompetência

Enquanto o Verdão de Abel Ferreira empilha títulos e sucessos, os dirigentes do Mengão parecem "brincar" de videogame com o clube

10/04/2023 às 11:32  atualizado em 10/04/2023 às 12:55

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O time de Abel está longe de ser perfeito, mas tem uma competência e aplicação tática rarissíma de se ver no futebol mundial.

O time de Abel está longe de ser perfeito, mas tem uma competência e aplicação tática rarissíma de se ver no futebol mundial. | Ettore Chiereguini/Gazeta de S.Paulo

Os estaduais terminaram neste domingo de Páscoa, 9, com Palmeiras revertendo o placar e sendo campeão contra o Água Santa, enquanto o Flamengo conseguiu a proeza de perder mais um título sob o comando de Vítor Pereira.

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O fracasso milionário

O rubro-negro disputou:

  • Recopa Sul-Americana - derrota para o Del Valle;
  • Supercopa do Brasil - derrota para o Palmeiras;
  • Mundial de Clubes - derrota ainda nas semis para o Al-Hilal;
  • Taça Guanabara (1º turno do Carioca) - derrota para o Fluminense;
  • Campeonato Carioca - derrotado novamente pelo Fluminense.

O time terminou a temporada tendo sido campeão da Copa do Brasil e Libertadores com Dorival Júnior, que acabou demitido (ou sem o contrato renovado, se assim preferir). 

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Marcos Braz não acertou mais nada desde 2019, quando participou da contratação de Jorge Jesus. Até mesmo nas eleições de 2022, concorrendo como deputado federal, foi derrotado.

Um clube com dinheiro deve ter responsabilidade e planejamento, mas, desde a saída de JJ, nessas decisões o Flamengo errou gravemente, beirando o amadorismo. Rogério Ceni foi campeão brasileiro, Dorival foi campeão da copa nacional e da copa continental, Renato Portaluppi foi vice da Libertadores, nenhum seguiu no clube por um tempo considerável. Domènec também teve uma curta e criticável passagem. Paulo Sousa foi outro a dar errado. Mas ninguém fracassou tanto como Vítor Pereira.

Éverton Ribeiro virou reserva, e mesmo na ausência de Arrascaeta, não aumentou seus minutos. Gabriel Barbosa virou descartável em seu esquema. Éverton Cebolinha pareceu titular incontestável mesmo sem desempenhar um grande futebol. Tudo teve o dedo do técnico.

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Um treinador que, até chegar ao Corinthians, me agradava muito. Era muito bem visto por quase todos os analistas. E a passagem no Timão foi até positiva na opinião de muitos. Mas a história da sogra... tudo que começa errado, tende a não acabar bem. Parece que quando ele disse que não poderia seguir treinando no Brasil estava falando sério, assinou com o Flamengo mas seu trabalho não apareceu junto com ele.

O sucesso interminável

Palmeiras foi novamente campeão paulista, revertendo uma derrota no jogo de ida, com uma goleada em sua casa. O time de Abel está longe de ser perfeito, mas tem uma competência e aplicação tática rarissíma de se ver no futebol mundial. Por esse e muitos outros fatores, como já foi dito nesta coluna, o Abel Ferreira deveria ser o novo treinador da seleção brasileira. Seria minha primeira opção sem sombra de dúvidas, por tudo que tem feito no futebol brasileiro.

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Um fato é que o cenário hipotético de Jorge Jesus resolvendo permanecer no Flamengo, poderia ter um sucesso longevo como este de Abel. Ou que no dia que o mister do Verdão deixar a equipe, o Palmeiras pode começar a cometer uma sucessão de erros na busca de um novo comandante. Isso é verdade, mas não é real, são apenas hipóteses.

Para que haja justiça, a contratação de Abel Ferreira não foi puramente por competência da diretoria alviverde. Beccacece, Heinze e M. A. Rámirez foram opções na frente do português. Porém, sendo a quarta opção ou não, foi Abel quem foi contratado e está colhendo frutos de um grande trabalho.

Libertadores, Copa do Brasil, Recopa, Supercopa, Paulistas, o comandante palmeirense já venceu tudo. Só faltou o mundial, no qual passou vexame na primeira tentativa e bateu na trave na segunda participação.

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A ambição impressiona, o time parece não se acomodar, como já foi visto no Flamengo - especialmente deste ano, e no Atlético-MG do ano passado.

Outros campeões

Vojvoda segue reinando no Cearense, Coudet foi campeão pelo Galo em Minas mas não garantiu sua permanência à direção, Renato Gaúcho manteve sua hegemonia no Rio Grande do Sul. Entre outros campeões que poderiam ser citados aqui.

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Parecido mas diferente

O curioso é que Palmeiras e Flamengo tem os períodos de reconstrução semelhantes, o dinheiro para investir em jogadores que desejarem, a imagem forte mundo a fora, e uma diretoria que está sempre na mídia. Mas, mesmo com essas semelhanças, o resultado é bem diferente.

Palmeiras demora a contratar, seu diretor, Anderson Barros é até criticado por isso, mas, o time é tão encaixado que isso parece nem fazer falta. Título atrás de título, torcida fechada com o comandante, e jogadores respondendo em campo, sem provocações fora das quatro linhas.

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Já o Flamengo... contrata bastante, roda o time, mas não reencontra seu futebol. Como diria o jornalista flamenguista Mauro Cézar em tom sarcástico, tentando passar panos quentes na crise na Gávea "mas é tudo culpa do Vítor Pereira?", claro que não é. VP tem uma grande parcela, mas a maior parte da culpa do fracasso são dos dirigentes que parecem "brincar" de videogame com o clube.

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