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Botafogo domina o futebol brasileiro e sul-americano e ensina a importância de saber como gastar
09/12/2024 às 16:10 atualizado em 09/12/2024 às 16:14
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Botafogo domina o futebol brasileiro e sul-americano e ensina a importância de saber como gastar | Vitor Silva/Botafogo
Quando um time não vence, é plausível que ele tenha que apertar os cintos e se manter gastando pouco. Mas, quando um time é campeão ano após ano, o mínimo a se fazer seria trazer grandes reforços.
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Talvez se imaginando eternamente imbatível, o Palmeiras de Leila Pereira e Abel Ferreira não julgou necessário trazer grandes nomes. O curioso é que, quando é dito que o Verdão manteve a base vencedora, Abel discorda, diz que muitos foram embora.
Mas, quando falam em contratações, o comandante apoia Leila Pereira e diz que devem investir na base e que não haverá grandes contratações.
Resultado? O elenco não aguentou mais uma temporada e "pipocou" nos jogos mais importantes do Brasileirão. Perdeu para o Corinthians em jogo que poderia afundar o rival na crise.
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Foi totalmente dominado pelo Botafogo dentro de sua própria casa, e, novamente em seus domínios, contribuiu para a vaga do Fluminense na Série A do ano que vem. Pouco para um treinador de três milhões por mês.
Curioso pensar que, o time paulista que melhor terminou no Brasileirão (vice-campeão) e foi campeão estadual foi também quem acabou o ano mais frustrado e com saldo negativo.
O São Paulo venceu a Supercopa em cima do próprio Palmeiras, sendo o único paulista a ganhar um título nacional em 2024. Nas copas, caiu no detalhe, na fase de quartas de final. No Brasileirão conseguiu vaga direta na próxima Libertadores, mas, muito mais por méritos dos rivais indiretos.
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Com a sexta posição, só vai direto para a fase de grupos graças aos títulos dos cariocas: Flamengo (Copa do Brasil) e Botafogo (Libertadores). Termina o ano melancólico, jogando mal e com a permanência do treinador questionada.
O Corinthians fez, talvez, o pior primeiro semestre de sua história, mas, com uma arrancada que parece impossível até agora de explicar, venceu nove partidas seguidas e irá para a pré-Libertadores.
Em meio de muita turbulência, achou um grande goleiro (Hugo Souza), um dos melhores meias que pisaram no futebol brasileiro em muitos anos (Rodrigo Garro) e viu Yuri Alberto fazer a melhor temporada de sua carreira. O fator de mais um ano sem título ficou em segundo plano, visto a superação do quase rebaixado a sensação do segundo turno.
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Memphis Depay também merece aplausos, parece que joga no Corinthians há mais de duas temporadas completas.
Santos vem da Série B com trajetória conturbada, demissão do técnico Fábio Carille, e projetos para reforçar o elenco para uma Série A sem sustos em 2025.
RB Bragantino ainda busca deixar de bater na trave. Um time que, em 2024, passou longe de encantar e viveu nos apuros, se salvando do rebaixamento só na última rodada. Precisa conquistar algo, o projeto da Red Bull parece longe disso.
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Virou febre pedir, em momentos de dificuldade, que o clube do coração vire Saf. Mas, não basta apenas isso. O Vasco da Gama, virou Saf e seguiu em crise. RB Bragantino é clube-empresa e não consegue conquistar nada.
O Botafogo é o grande caso de sucesso. Com um time rebaixado com uma campanha tenebrosa no Brasileirão de 2020, o Glorioso renasceu das cinzas. John Textor, dono do Fogão, pode ser considerado um dos maiores ídolos da história do clube.
Com planejamento profissional e passando mais tempo no Brasil do que no exterior, Textor mostrou como fazer o modelo funcionar. Montou um grande elenco em 2023 e bateu na trave.
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Para 2024, trouxe jogadores que carimbaram o que faltava: Savarino, Almada e Luiz Henrique, principalmente. E com a mesma base de time, venceu, não apenas o Brasileirão que deixou escapar em 23, mas também a Copa Libertadores de 2024.
Um recado aos outros clubes: se quiser vencer, precisa gastar, trazer reforços. Mas, não basta só torrar milhões, é necessário saber como gastar. Bons jogadores baratos são raros de se encontrar, é preciso de um ótimo scout. E, algumas vezes, jogadores caros, mas de qualidade realmente acima da média, decidem campeonatos e se pagam sozinhos. O Botafogo provou isso.
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