O mundo está de luto, e não é só o do futebol. Um homem deixa mulher, pais, filhos (um deles recém-nascido) e uma legião de fãs. Se era pouco conhecido pelos olhos dos brasileiros, nos últimos dias o uruguaio se tornou um símbolo de união em oração. Foi a maior batalha da vida dele, e com certeza ele deu tudo de si. Descanse em paz, Izquierdo.

O futebol fica em segundo plano. Mas, infelizmente, o jogo da Copa do Brasil sequer será adiado. No mesmo palco em que aconteceu o início da tragédia, menos de 24h depois da morte ser confirmada. E não, a culpa não é do estádio. O estádio do MorumBIS aprendeu muito após a tragédia da morte do Serginho, em 2004. A ambulância agiu rápido, o jogador chegou rápido ao hospital, que é um dos melhores da América Latina.

Infelizmente, com o passar dos dias, o diagnóstico só piorou, até sua morte ser confirmada na noite de 27 de agosto.

Para deixar ainda mais triste o que já era trágico, o jogador foi pai de seu segundo filho há apenas 10 dias. Sua esposa, ainda se recuperando da gravidez, não pôde acompanhá-lo rapidamente aqui no Brasil. Um pai de família que saiu para trabalhar, em outro país, em uma noite de Libertadores, e que sofreu uma fatalidade. 

Mesmo com o triste desfecho, o São Paulo e Nacional merecem uma parabenização pelo modo que levaram o caso. Calleri, Michel Araújo e Rafinha, todos atletas do Tricolor Paulista, estiveram no hospital. O presidente do Nacional e parte da delegação também. Humanidade em primeiro lugar, parabéns a todos.

Michel Araújo, inclusive, também é uruguaio e chorou muito após o triunfo contra o Vitória, no domingo (25/8). Dedicou sua ótima atuação a seu amigo, que estava até então internado.

Não é momento de pensar em futebol, mas os jogos seguirão em seu calendário original. Duelos da Copa do Brasil e de rodadas adiadas do Brasileirão serão realizadas, mas o foco deveria estar em outro lugar.

Muita força para a família e amigos. Que Deus cuide de todos os corações.