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Leonardo Sandre

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Físico vs técnica: A ausência frequente de Renato Augusto no Corinthians

Visão de jogo impecável, um chute de longe que assusta qualquer adversário, mas... seu corpo ainda aguenta mais quanto tempo jogando em alto nível?

04/09/2023 às 11:58  atualizado em 04/09/2023 às 17:28

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A qualidade técnica de Renato Augusto é indiscutível

A qualidade técnica de Renato Augusto é indiscutível | Rodrigo Coca/Ag.Corinthians

A qualidade técnica de Renato Augusto é indiscutível. Craque do meio-campo do Corinthians, Renato tem até mesmo disputa de Copa do Mundo no currículo. Inclusive, foi dele o gol contra a Bélgica nas quartas de 2018, na derrota por 2 a 1. Visão de jogo impecável, lançamentos precisos, e um chute de longe que assusta qualquer adversário. Habilidade ele tem de sobra, mas... seu corpo ainda aguenta mais quanto tempo jogando em alto nível?

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O debate sobre o aspecto físico do camisa 8 voltou à tona após mais uma vez ele se tornar desfalque no Timão, e para um jogo importante: o dérbi, clássico contra o Palmeiras. Renato não ficou nem no banco, após dores musculares. Acontece que essa ausência não vem de hoje.

Em 53 jogos no ano, o meia ficou de fora em 26 jogos, praticamente metade das atuações do time na temporada. Se formos considerar o Brasileirão, o desfalque é ainda mais evidente: em 21 rodadas, Renato só entrou em campo nove vezes, sendo apenas cinco como titular. Claro que devemos considerar que algumas das vezes ele foi poupado por opção técnica para algum "jogo maior", mas o fato é que se sua condição fosse melhor, não seria necessária uma atenção tão especial quanto a isso.

Desde antes de 2015 - quando chegou ao clube para sua primeira passagem -, o craque já demonstrava problemas com lesões. No Flamengo e no Bayer Leverkusen ele passou por contusões chatas e que atrapalharam um pouco suas temporadas. No clube paulista, o ciclo se repetiu, eram lesões atrás de lesões, ganhando até a alcunha de "homem de vidro" por uma parte mais maldosa da midia e torcida. Até que após uma lesão bem grave - um afundamento em sua face em jogo contra o Bahia -, as lesões passaram a ser menos frequentes, e seu futebol voltou a ser o protagonista. E com a bola no pé, o jogador é um gênio.

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Agora, em 2023, o problema é outro: sua idade avançada. Com um histórico extenso de lesões, Renato acaba sofrendo ainda mais no auge dos seus 35 anos, o corpo já não tem a mesma resistência, e a vontade que seu cerébro tem nem sempre seu corpo consegue atender. Muito se falou que teríamos que esperar para avaliar se James Rodríguez, Lucas Moura e Dimitri Payet seriam boas contratações, pois suas condições físicas poderiam não serem as ideais. Mas a de nosso melhor jogador em território nacional (em qualidade técnica) também não é.

Se perguntarem aos torcedores corintianos a resposta deve ser unânime: Renato Augusto é craque e deve ficar quanto tempo quiser no Timão. Sem dúvidas quando está em campo faz a diferença. O problema é que não está tão frequentemente assim. Se formos considerarmos o Flamengo que tem em De Arrascaeta um jogador de qualidade também acima da média, mas que também vive se lesionando, temos que lembrar que o Flamengo tem o melhor elenco do Brasil, e muitas peças boas para tentar suprir sua ausência.

Comparando com os dois rivais da Capital, Dudu - com exceção desta temporada - costumou jogar quase todos os jogos do Palmeiras, chegando até a bater recordes. Era o líder, o craque, e que estava em campo. No São Paulo não temos um protagonista tão evidente assim, mas para momentos decisivos podemos atribuir o cargo de herói para Luciano. Frequentemente advertido com cartões amarelos por reclamações bobas e acima do tom, ainda assim o camisa 10 do São Paulo está em campo nos grandes momentos do Tricolor para ajudar a equipe. Assim foi contra o próprio Corinthians na Copa do Brasil: suspenso do jogo de volta, foi de Luciano o gol que deixou o clube vivo na ida. Este jogo por sinal, foi a prova de quão importante é ter Renato Augusto em campo.

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Luxemburgo chegou a dizer que a prioridade do Corinthians agora é focar na Sul-Americana, competição que já está na fase de semifinal. E que Renato Augusto está jogando pouco por ainda "tem mais 17 jogos no Brasileirão". Pois bem. Quem sabe se Renato jogasse mais vezes na liga nacional o clube não teria subido mais na tabela e, invés de estar na parte de baixo, brigaria pela parte superior da classificação. Para a Sula são apenas três jogos para um título. Muito mais simples de manter seu camisa 8 preparado para jogar estas partidas e colocar uma taça na galeria do clube. Mas fica o debate: Luxemburgo está sabendo usar seu melhor jogador? Vale a pena 2024 inteiro com um atleta nessas condições? Até que ponto técnica vai sobressair ao aspecto físico? No mais, aproveitemos os momentos que ainda teremos a honra de ver este craque em campo.

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