A fase de grupos do Campeonato Paulista acabou e agora um "novo campeonato" começa. Quartas e semis com jogos únicos. A meta primária tende a ser a classificação para as semifinais, o que já garante para quatro equipes a vaga na Copa do Brasil do ano que vem.

A primeira fase serve apenas para definirem os mandos de campo, mas em um mata-mata não há margem para erros.

A involução do time de Carpini

São Paulo busca a 3ª final em quatro anos e evitar o vexame do ano passado de queda nas quartas. A equipe passou sufoco para avançar para o mata-mata mesmo acabando com a terceira melhor campanha do torneio até aqui. Porém há um ponto que incomoda: a queda tática da equipe que era de Dorival.

O Tricolor Paulista joga de forma bem inferior, com chutões, ligações diretas, abusa de cruzamentos e algumas vontades de Carpini que não parecem fazer sentido, beirando a teimosia. A troca de passes no meio de campo e a pressão alta pós perda parecem ser coisas do passado. O treinador começou a ser cobrado pela torcida e precisa melhorar para realmente ser o treinador do São Paulo na Libertadores.

Tirar um atacante para colocar um zagueiro ao enfrentar a pior equipe do torneio e segurar um resultado de vitória simples não é coisa que se faça. E a ideia sequer deu certo. O time tomou gol da mesma maneira e precisou de um pênalti convertido por Lucas Moura no apagar das luzes para avançar. Na área técnica, Carpini colocou a mão no ouvido para provocar um grupo pequeno no meio da torcida do Ituano que o xingara durante os 90 minutos. Ninguém é de ferro, mas, imagina a pressão de uma Libertadores...

Chance do tri alviverde

O Palmeiras vai em busca de mais uma decisão e do tri consecutivo. Passando sem nenhum susto e liderando a tabela geral, o Verdão é o grande favorito ao título. Enfrenta a boa equipe da Ponte Preta nas quartas, mas não preocupa a torcida por um tropeço. A equipe comandada por Abel Ferreira está focada em, mesmo que não apresentar o futebol mais bonito, seguir levantando taças.

Braga busca deixar de ser apenas o eterno coadjuvante

RB Bragantino tem mais uma chance de se estabelecer de vez como um dos campeões e parar de ser apenas coadjuvante que assusta mas não conquista. É curioso, afinal, todos sabem que o time de Bragança Paulista tem um bom time, treinado por um bom comandante, mas que mesmo que jogue bem e empolgue, na "hora h", não chega. Pode até eliminar um gigante pelo caminho, mas precisa ir além.

O retorno do Peixe após três anos

Para o Santos é hora de provar para a torcida a redenção do time: eliminado três vezes seguidas na fase de grupos o Peixe enfim retorna ao mata-mata, mas agora é o momento de se firmar avançando para as semis. Não é suficiente uma boa campanha na fase inicial se não tiver forças para ir mais longe. Além de tudo, eliminar a Portuguesa dá ao Santos uma conquista simbólica que não teve para a atual temporada: uma vaga garantida na próxima edição da Copa do Brasil.

Já para o Corinthians...

Bem, para o Timão resta torcer contra seus maiores rivais e focar sua atenção no grande jogo que terá neste meio de semana, contra o São Bernardo, fora de casa, pela Copa do Brasil. O Bernô também foi eliminado da competição mesmo tendo a 5ª melhor campanha da fase (o Corinthians teve a 10ª e a classificada Portuguesa teve a 13ª).

O time comandado por António Oliveira melhorou bastante em comparação ao de Mano Menezes, joga melhor, mas ainda há arestas para acertar. Há decisões no terço final de campo para serem melhoradas e até mesmo uma briga pela titularidade no gol que deve ser acertada.

O curioso é que já é a quarta vez que o Corinthians se despede na fase inicial do Paulistão (a segunda no atual formato) e em todas as vezes Mano Menezes treinou o clube.