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Leonardo Sandre

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E depois de Tite? Quem deve ser o novo treinador da seleção brasileira?

O atual treinador irá deixar o comando do Brasil após a Copa no Qatar e não há consenso de um nome que seja o ideal para continuar o projeto a partir de 2023

31/10/2022 às 12:13  atualizado em 31/10/2022 às 17:13

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Tite deixará a seleção brasileira pós Copa do Mundo de 2022, e seu substituto ainda é uma incógnita

Tite deixará a seleção brasileira pós Copa do Mundo de 2022, e seu substituto ainda é uma incógnita | Lucas Figueiredo/CBF

O ciclo de Tite se encerrará após a Copa do Mundo de 2022, no Qatar. O treinador, que assumiu durante as eliminatórias para a Copa de 2018, liderou as duas qualificatórias e chegou como favorito em 2018, quando o Brasil caiu nas quartas para a Bélgica. Em 2022, o time chega ainda mais forte para a disputa do mundial, mas com a incerteza de quem assumirá o comando técnico após o torneio, uma vez que Tite já anunciou que não permanecerá.

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Nenhum nome é consenso, e principalmente os treinadores brasileiros são ainda mais duvidosos para grande parte dos amantes da seleção. De fato, não existe nenhum nome até agora, o que é preocupante, mas resta alguns meses para encontrar. Citarei abaixo três escolhidos - um brasileiro, um gringo no Brasil e um gringo da Europa.

O sonho gringo

Nenhum nome gringo atuando na Europa parece disposto a assumir o Brasil, largando sua equipe após a Copa. Mas, para mim o nome perfeito - mesmo que praticamente impossível-, seria o de Pep Guardiola. Trabalho fantástico pelo Manchester City, boa passagem no Bayern, e ciclo perfeito no Barcelona. O jeito de jogar que casaria perfeitamente com o elenco brasileiro, o treinador que um País penta - ou até mesmo hexa, se tudo ocorrer bem no próximo mundial- merece.

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Porém, é inviável pensar que Guardiola deixaria o City para assumir o Brasil, portanto esse nome fica apenas nos sonhos de muitos brasileiros. Klopp, do Liverpool, também é outro treinador fora do normal, que faria os torcedores vibrarem com sua chegada. Vivendo um momento instável nos Reds, o alemão é um nome mais real do que o de Guardiola no momento, mas ainda assim muito distante de ser possível.

O gringo no Brasil

Antes do nome mais óbvio dos gringos em solo brasileiro, dois nomes merecem ser citados: Juan Pablo Vojvoda e Vitor Pereira.

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Vojvoda levou o Fortaleza para a Libertadores pela primeira vez na história, e está forte na briga pela segunda tentativa de disputa continental. Teve momentos de dificuldades, chegando a ser o último colocado do Brasileirão de 2022, mas mostrou que tem muitos recursos e realizou uma arrancada incontestável rumo a parte de cima da tabela. É um nome dos grandes no Brasil. Aceitaria muito bem aprovado na seleção brasileira.

VP levou o Corinthians até os pênaltis contra o Flamengo em uma decisão de Copa do Brasil, e tem tempo de carreira o bastante para ser totalmente seguro de suas ideias. Um grande treinador, com pouco tempo de Brasil que seria uma opção válida, pela segurança que passa.

Abel Ferreira é obviamente o grande nome. Se ele deixaria o Palmeiras para assumir o Brasil? Não sei dizer. Mas pelo trabalho feito por aqui, é de longe quem mais merece um lugar na frente da fila de sucessão ao Tite. Duas Libertadores, Copa do Brasil, Brasileiro, não é para qualquer um. E seria a chance do Abel provar que, mesmo fora do Palmeiras, ainda é capaz de trazer grandes resultados. Acredito que pouquíssimos brasileiros ousariam dizer que ele não merecia o posto, caso seja escolhido. Sua arrogância é obstáculo, mas que se bem trabalhada pode resolver o futuro da seleção.

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Nomes brasileiros

Nenhum nome brasileiro está pronto para assumir a seleção. Para selecionar um nome seria necessário o processo de eliminação, para chegar aos menos piores.

Fernando Diniz encanta pelo jeito de jogar. Mas falha em sair de situações adversas, especialmente na hora H, é um treinador que, pelo menos ainda, não está pronto para tal cargo.

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Cuca tem currículo, tem experiência, Libertadores, Brasileiros, mas fracassou enormemente agora em seu retorno ao Galo, é um nome a se pensar, porém que não encantaria ninguém, e traria o risco de destruir a construção de Tite.

Renato Gaúcho é o nome que os jogadores devem preferir, mas um analista mais profundo também não precisaria de muito esforço para apresentar pontos neagtivos pela escolha. Além do Grêmio esteve apenas no Flamengo, onde não foi campeão de nada e saiu sendo chamado de "burro" por parte da torcida, além de informações que ele daria folgas excessivas ao elenco. Renato sabe muito bem como tratar o grupo e fazê-los estarem à vontade em campo, mas na questão tática ainda deixa muito a desejar para um cargo tão importante.

Dorival Júnior errou em tudo que tentou na final da Copa do Brasil, e só foi campeão graças a eficácia de seu elenco nos pênaltis. Alterações erradas, postura do time muito defensiva, e uma pressão enorme sofrida pelo Corinthians em pleno Maracanã. Na Libertadores não conseguiu assustar o Athletico mesmo com um jogador a mais, e mesmo sendo campeão sem nenhum susto, deixou o gostinho de "que poderia ser ainda mais fácil do que foi". São esses detalhes que tiram a convicção de que Dorival mereça esse posto.

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Por eliminação sobra o nome brasileiro que vejo como mais capacitado: Rogério Ceni. Não o escolheria como sucessor de Tite. Para mim, os gringos citados mais acima estão mais preparados. Dos nomes brasileiros, porém, parece o melhor encaixe. Não romperia o sistema estabelecido por Tite, tem um estilo de jogo agradável de se assistir, e embora seja teimoso em excesso, ainda assim aceita estudar e aprender cada vez mais sobre diferentes situações em campo. Chegou a uma final continental com o São Paulo, dominou o Palmeiras na ida do Paulista (e depois foi amplamente dominado na volta), ganhou o Brasileiro pelo Flamengo e fez história no Fortaleza. Ganhou muitas coisas e em ano após ano. Não passa confiança de que ganharia um título pelo Brasil, mas entre os técnicos daqui, é o que parece ter menos erros "imutáveis", ou seja, seus erros poderiam ser corrigidos, com tempo de trabalho menor que os dos demais.

Um fato é: seja quem for o sucessor de Tite, a CBF precisará dar autonomia para o novo professor. Sem exigir estilo de jogo da vontade da direção, convocação de um ou outro nome, nada disso. O treinador merece carta branca para poder mostrar o que será capaz de fazer pela seleção canarinho.

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