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Leonardo Sandre

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Dorival mereceu realizar o sonho de treinar a seleção

Já para o lado da CBF, um novo vexame mostra um pouco da desorganização de uma confederação que deveria proteger seus clubes mas apenas os prejudica

15/01/2024 às 11:48  atualizado em 16/01/2024 às 17:10

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Dorival é apresentado pelo presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues

Dorival é apresentado pelo presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues | Staff Images/CBF

Dentro do pensamento mais nacionalista de que o técnico da seleção brasileira - a única pentacampeã do mundo - deve ser brasileiro, Dorival Jr. assumiu o comando da Canarinho.

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Do cenário geral, era o mais vencedor. Campeão da Libertadores e Copa do Brasil pelo Flamengo em 2022 e campeão da Copa do Brasil em 2023, pelo São Paulo. Experiência na profissão, ótima liderança e relação com o elenco, e um grande sonhador de um dia treinar a seleção de seu país.

Há quem possa criticar Dorival, dizendo que ele só estourou agora, após muitos anos de profissão, o que não é totalmente mentira. Mas, seleção é momento. E o único brasileiro que disputava um momento melhor que o de Dorival era Fernando Diniz.

Porém, Diniz, atual campeão da América, não tem exatamente o perfil de um técnico de seleção. Muito temperamental e adepto de um estilo de jogo que demanda muita repetição e treinamento, Fernando Diniz possui um jogo mais específico, que é natural de se aplicar em um clube - tendo tempo de trabalho -, mas não para o comando do futebol de um país.

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Além do mais, Diniz teve sua chance e foi um fiasco frente à Amarelinha. Tabus negativos quebrados um em sequência do outro e o alerta para que o Brasil não acabasse sofrendo para garantir sua vaga sendo ativado.

Havia também a opção de Renato Gaúcho (ou Renato Portaluppi), que fez um grande ano pelo Grêmio, contando com a genialidade de Luís Suárez no comando do ataque. Mas seu estilo mais "boleirão" e menos estudioso também deve ter torcido o nariz de pessoas da confederação.

Para mim o nome ideal para o comando do Brasil era o português Abel Ferreira, que mesmo temperamental, domina o futebol brasileiro há três temporadas. Mas, talvez o medo de mais um "não" tenha impedido a possibilidade.

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Vexame da CBF

O vexame histórico da CBF não é pela contratação de Dorival, mas pelo modo em qual ela ocorreu. O Brasil foi feito de Plano B e menosprezado por Ancelotti durante todo o tempo. E o presidente Ednaldo Rodrigues parecia achar isso bonito e nem se importar.

Após ter que recorrer à Justiça para recuperar seu direito de presidir a CBF, o mandatório se viu obrigado a tentar mascarar sua gestão vergonhosa e retornar logo decidindo um novo treinador. Com isso, em pleno início de 2024, pode ter destruído o planejamento de um clube de seu próprio país. Convocou Dorival para o comando técnico e o profissional aceitou. E todo o trabalho que o São Paulo havia traçado com o treinador, foi por água abaixo.

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Não da para julgar Dorival, mas dá (e devemos) julgar a CBF, que agiu como se fosse uma organização amadora e demorou tanto para uma decisão que no fim foi muito óbvia.

Geralmente a confederação que gere o futebol de seu país deveria contribuir para os clubes, mas com a CBF é o contrário. Atrapalha o máximo que é capaz. O máximo que lhe é possível:
Não paralisa campeonatos na "Data Fifa";
Tira um treinador de um clube em plena pré-temporada de retorno para a Libertadores, e;
Define o estádio da Supercopa do Brasil faltando menos de um mês para o duelo.
Vexame e desorganização que beiraram o amadorismo.

Dorival é bom de grupo, mas não faz milagres. Um bom nome, mas que deve tomar cuidado para não ser mais uma vítima da CBF, como tantos outros foram.

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E ao São Paulo, resta torcer para Thiago Carpini, técnico promissor que foi muito bem em 2023 no vice-campeonato paulista pelo modesto Água Santa e que subiu o Juventude para a Série A, assumindo a equipe gaúcha 19° e acabando na vice-liderança. Uma boa aposta, mas que teve de ser escolhido na correria após ser pego de surpresa pela confederação que gere o futebol de seu próprio país.

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