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Leonardo Sandre

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Crise dentro e fora de campo deve(ria) preocupar o São Paulo

Direção, técnico e elenco tentam despistar situação que já deveria ter acendido o alerta

17/04/2025 às 16:13  atualizado em 17/04/2025 às 20:42

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Direção, técnico e elenco tentam despistar crise no São Paulo

Direção, técnico e elenco tentam despistar crise no São Paulo | Rubens Chiri/São Paulo FC

Quatro jogos e quatro pontos: este é o São Paulo do início do Campeonato Brasileiro. Aos defensores do treinador Zubeldía, vão alegar que estão invictos. Aos críticos, ele não venceu.

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Talvez o que segure o treinador argentino no cargo seja a falta de convicção em quem deve ser o substituto. Dorival aceitaria? Se não, quem deveria assumir o clube? Na falta de opções, fica quem está.

O que não é normal é que seja considerado normal um time não vencer nenhum dos quatro jogos iniciais, simplesmente alegando que "o time está rendendo o melhor que dá".

Desfalques existem, mas o Alianza Lima foi ao MorumBIS, tão desfalcado quanto o São Paulo, e buscou um empate heroico. Ali não teve argumento de defesa. O time marcar um gol e colocar um lateral-esquerdo ou outro defensor para se fechar não funciona, apenas atrai o adversário ao ataque.

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O elenco evita falar em crise, mas discute entre si após a partida, o que seria normal, desde que fosse explicado. A diretoria não assume que a crise existe, o treinador vê uma evolução que é visível somente para alguns. A torcida sente falta dos resultados.

Santos, Grêmio, até o Corinthians (pós-Paulistão) passaram a questionar trabalhos, a falta de resultados não é exclusiva do São Paulo, mas a forma de tratá-la é diferente.

Elenco curto

Mas o elenco é realmente curto, isso é fato. Saíram quase 20 jogadores e chegaram poucos. Contudo, dava para render mais. Sem Lucas e Oscar o time cai de rendimento, naturalmente. Mas deveria ser o suficiente para ter vencido ao menos um jogo no Campeonato Brasileiro.

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Além de tudo, o time fez o mais difícil, que foi vencer o Talleres, na Argentina. Era o momento de virar a chave, mas depois disso, só derrapadas. Brasileirão não se pode brincar, e ainda faltam 42 pontos para os "seguros 46 pontos" para ficar na Série A.

A diretoria errou feio, um erro que talvez tenha sido até infantil, no quesito competitividade. Era preciso aliviar a folha salarial, mas com um elenco curto para 38 rodadas, é arriscado. É necessário ter peças de reposição para suprir lesões. Mas é necessário utilizar bem as categorias de base.

Se vale a pena montar um elenco com poucas peças, na teoria mais qualificadas, para tentar ter 11 titulares mais fortes, só poderemos descobrir ao fim da temporada. Mas, na primeira vez em anos que o Tricolor Paulista montou um elenco mais equilibrado e com mais peças (graças ao Rogério Ceni), ganhou a então inédita Copa do Brasil, em 2023.

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O elenco de 2024 era ainda melhor que o de 2023, mas naufragou. Para 2025 veio a aposta arriscada, que, até agora, parece um tiro no pé. E a dívida não caiu, mesmo com aumento de patrocínios e redução na folha. O elenco está mais curto, e a dívida mais larga. Porém, agora com uma consultoria especializada para tratar das contas do clube.

Trabalho de Zubeldía

Resta avaliar qual é o legado esportivo de Zubeldía no São Paulo. Que jogadas ele deixou, que jogador ele potencializou, qual memória positiva de táticas ele deixaria em caso de demissão? A resposta é difícil de se encontrar. Trocar só por trocar não adianta, precisa de convicção, algo que a diretoria parece não ter encontrado.

Dorival, demitido da seleção, foi sondado por muitos clubes e tem a aprovação de boa parte da torcida, mas a insistência em seguir o atual trabalho é maior. O que é curioso, já que nem Rogério Ceni e nem Carpini tiveram metade do respaldo de Zubeldía. Talvez precisem de um treinador que entenda que não dá para contratar, e, por agora, somente ele aceitaria o elenco do jeito que está.

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E quanto ao técnico, basta de reclamações em campo contra os juízes ou faltar com o respeito com os jornalistas em coletivas de imprensa. A torcida já está dividida. Lutar pelo clube com reclamações ou fazer o time desempenhar em campo? Por momento, está ocorrendo a primeira opção e apenas ela.

Com isso, tudo indica que o ano do São Paulo será pelo mínimo, com a sensação da torcida de que mereciam o máximo. 

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