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Timão sobe na tabela e respira aliviado; já o treinador palmeirense, errou até na coletiva
05/11/2024 às 15:55 atualizado em 05/11/2024 às 16:07
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Yuri Alberto volta a ser herói do Timão em noite que Weverton foi vilão palmeirense | Rodrigo Coca / Corinthians
Após amargas eliminações nas Copas (do Brasil e Sul-Americana), e um péssimo ano de farra no Parque São Jorge, com escândalos, crises e reformulação, o Corinthians garantiu seu título de 2024. O troféu que mais importava, o que era vital: encaminhou a permanência na Série A para 2025.
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A vitória sobre o maior rival, Palmeiras, é motivo para se reencontrar com a paz, ao menos por algumas rodadas. Foi apenas a segunda vitória alvinegra em 17 dérbis paulistas, um retrospecto lastimável, mas que, talvez no jogo que mais tenha importado, o triunfo veio.
De quebra, o Corinthians evitou se igualar com 2008 (ano que estava na Série B) e fechar uma temporada sem vencer nenhum clássico. Era a última chance, e ela foi concluída com sucesso.
Um rebaixamento seria catastrófico, tanto do lado esportivo como do lado financeiro. O acordo com a Liga Forte, os patrocinadores, comissão de TV, o salário de Memphis, entre outros fatores. Tudo estaria comprometido. Mas, no fim, após muita tensão, o alívio se aproxima.
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Com a permanência encaminhada, o Corinthians ganha sua terceira chance para evitar uma queda e repetir o que o seu rival praiano, Santos, sofreu em 2023. Curiosamente, o Peixe também teve três chances, acabou caindo na terceira.
O jogo foi equilibrado, Yuri perdeu uma chance no começo, assim como viu o rival alviverde também desperdiçar.
Hugo Souza foi novamente herói, ao lado do iluminado Yuri Alberto, que merece aplausos.
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Ramón Díaz, principal culpado da eliminação para o Racing na Sul-Americana, tem muitos méritos no Brasileirão, competição que sempre priorizou. Três vitórias seguidas e firme no compromisso de que o Timão "no va a bajar".
Completando cinco temporadas sem levantar nenhum troféu, o grande título do Corinthians não veio nas copas, mas na fuga do rebaixamento.
Do lado do Verdão, não foi uma atuação terrível nem preguiçosa, mas, teve muitos erros.
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Caio Paulista repete um erro bizarro que já havia cometido pelo São Paulo, contra o Corinthians, na mesma Neo Química Arena: faz um corte totalmente errado e entrega a bola para o rival.
No segundo gol, Weverton erra um fundamento básico de um goleiro, comete uma das falhas mais feias que alguém da posição já cometeu nos últimos tempos, e ajuda o jogo a ficar "semi-morto".
O Palmeiras, que chegou a depender apenas de si para ser campeão brasileiro, agora sente um gosto amargo. Eliminado nas oitavas da Libertadores e da Copa do Brasil, tem obrigação de fazer muito melhor no Brasileirão.
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Em 2021, quando o São Paulo brigava para não cair, venceu o Palmeiras de Abel e se tranquilizou na tabela. Em 2023, Santos quase se salvou do rebaixamento graças a uma vitória sobre o Palmeiras. Em 2024, foi a vez do time alviverde ajudar a salvar o arquirrival.
Abel Ferreira, que tanto se acostumou a vencer, repetiu velhas teimosias e mais atrapalhou do que acabou ajudando o time na reta final de jogo.
Na coletiva, Abel ainda quis ensinar como os jornalistas deveriam trabalhar. Irônico, pois quem não soube trabalhar na noite da última segunda (4) foi exatamente ele.
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O treinador foi questionado sobre o motivo do Palmeiras ter tido tanto tempo livre para treinar e o time ter piorado. Na resposta, foi evasivo:
"Eu gostaria que amanhã vocês fizessem o título que tem que ser feito. E o título que eu gostaria de ver amanhã, de quem é profissional e competente, é: ‘o Palmeiras pagou pela falta de eficiência e pelos erros que cometeu’. É isto. Ponto. Quem for intelectualmente inteligente, quem for profissional, sério e competente, é isto que vai escrever", disse ele.
Pois bem. E se o Abel tivesse sido mais "intelectualmente inteligente, profissional, sério e competente" especialmente na segunda etapa, o Palmeiras teria chegado mais perto de vencer.
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O Verdão já passou por isso em outras oportunidades: com Data Fifa ou com tempo maior para treinamentos, passava a jogar pior.
O comandante do Palmeiras sabe vencer, mas não sabe perder. Diversas vezes, ao ser questionado de forma mais dura nas coletivas, insistia em dizer que os jornalistas "queriam estar no lugar dele" e ensinar ele a ser treinador. Mas, quando o Abel erra, é ele quem faz o que tanto critica.
Sou muito fã do treinador Abel Ferreira, que merecia ser o treinador da seleção e que é um vitorioso nato. Mas, se ele não gosta que se metam no trabalho dele, não deveria querer ensinar os repórteres como deveriam trabalhar.
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