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Leonardo Sandre

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A culpa é do Cássio, mas apenas a menor delas

Para o Corinthians melhorar, é preciso parar de dizer que 'acabou a farra' e começar a, de fato, pôr um fim nela

26/04/2024 às 15:19  atualizado em 26/04/2024 às 16:03

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Goleiro Cássio vem sofrendo críticas após falhas

Goleiro Cássio vem sofrendo críticas após falhas | Rodrigo Coca/Ag. Corinthians

O goleiro Cássio, que para muitos é o maior ídolo das história do Corinthians, vem recebendo críticas pelo seu desempenho atual. Mas, com bastidores negativos, é apenas um alvo fácil para esconder tudo que há de errado.

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Ser o maior goleiro da história de um clube não lhe imuniza de críticas. O desempenho de Cássio realmente não está no seu auge, e ele pode ter falhado em alguns lances. Mas, as críticas, já estão passando do ponto.

"Ele não sai do chão", "não tem impulsão", "chutou é gol", e muitas outras frases são repetidas constantemente até parecerem ser totalmente verídicas, o que não são. Criticar o goleiro é fácil, mas, e criticar quem deixa chutar? Sempre sobra para o goleiro, e muitas vezes apenas para ele. Injusto.

Quem vai criticar o Félix Torres por dar condição e errar o bote contra o Argentinos Juniors? Ou por deixar uma avenida aberta contra o São Paulo, no jogo da quebra do tabu, ou por correr pra trás e fugir da bola no passe contra o Juventude? Pouquissímas pessoas. Inclusive, Gil foi expulso do Corinthians por boa parte da torcida por errar menos do que Félix Torres vem errando neste começo de 2024.

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Quem vai criticar Fagner por não marcar tão bem? Qual a última partida memorável do lateral-direito no quesito marcação? Curiosamente, ele é o lateral que teria que cobrir o zagueiro pela direita: Gil, que ficou exposto o ano passado inteiro e Félix Torres, que vem falhando em 2024.

A facilidade com que o adversário entra na área do Corinthians para finalizar uma jogada não é protagonista no debate em que o Cássio tomou mais um gol. Sofreu gol? A culpa não é somente do goleiro que não defendeu. É culpa do treinador que não soube armar uma boa defesa, e de todos os marcadores que foram incapazes de permitirem que o adversário chegasse tão perto do gol.

Não, o momento do Cássio não é bom. Hoje, o goleiro não seria titular em, ao menos, metade das equipes da Série A. Mas a entrevista dele não está errada. O time, em três rodadas do Brasileirão, não marcou um gol sequer. Mas, as críticas para a ineficiência do ataque corintiano são rasas perante as que Cássio vem sofrendo. 

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No ano passado, ao passar no sufoco em disputas de pênaltis contra Atlético-MG, Remo, América-MG e Estudiantes, o Cássio era a solução, e, menos de um ano depois, virou o problema. Carlos Miguel tem ótimos números, mas futebol não é uma planilha de Excel.

Carlos é um grande goleiro, que parece ter um enorme futuro, mas disputa posição com um ídolo. Como fazer essa transição sem queimar o Cássio e sem perder o jovem? Bem, ai deixo a resposta para os profissionais do clube.

A panela destrói um time, mas uma má gestão também.

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Duílio não foi um bom presidente para o Corinthians, Augusto Melo não vem sendo diferente até aqui. E, invés do foco de ambos estar em melhorar o desempenho do Timão, parece estar em criticar um ao outro.

António Oliveira tem seus erros, substitui mal e tem teimosias, mas demiti-lo também não deve ser a solução.

Para o Corinthians melhorar, é preciso parar de dizer que "acabou a farra" e começar a, de fato, pôr um fim nela.

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