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Uma taça de champanha, francesa é claro, para espantar qualquer temor para uma viagem que inclui a travessia do oceano Atlântico
18/04/2025 às 21:30
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Poucos são os países convidados para as comemorações, e o Brasil é um deles. | Pixabay/Pexels
Há uma verdadeira festa a bordo. Mesmo antes do avião decolar de Brasília, os acepipes e tira-gostos passam de mão em mão.
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Uma taça de champanha, francesa é claro, para espantar qualquer temor para uma viagem que inclui a travessia do oceano Atlântico.
Mas o que é isso comparável com festas, homenagens, hospedagens e passeios oficiais ou não? Poucos são os países convidados para as comemorações, e o Brasil é um deles.
Além disso, é uma oportunidade de ouro para incentivar intercâmbio comercial e cultural entre os dois povos e isso só se faz presencialmente.
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Ninguém no governo teme que essa viagem possa ser explorada politicamente, dada a popularidade do presidente da República.
A presença da delegação brasileira é considerada um fortalecimento da política externa e o reconhecimento do Brasil como um país emergente.
Não é o que pensa a oposição, nem os jornalistas. Multiplicam-se os artigos críticos nos jornais e as cenas da festa com as caras conhecidas da delegação brasileira povoam a televisão.
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São 150 convidados entre ministros, senadores, deputados federais, sindicalistas, empresários, artistas e penetras de toda ordem.
Se vai gastar para alugar um avião de grande porte, tanto faz ocupar dez assentos ou a lotação toda. Para economizar, e ter o melhor custo-benefício, a assessoria presidencial age de forma eficiente e lota a aeronave até o bico. Tudo em prol do prestígio do país.
A oposição entra na justiça e quer a lista de convidados do presidente da República para a viagem internacional e quanto custou.
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Afinal, o que se gastou sai dos cofres públicos, que são sustentados pelo pagamento dos impostos. Os mais radicais contra o governo alardeiam que falta dinheiro para saúde, educação e segurança, mas não falta para bancar mordomias da elite política do Brasil.
De outro lado, o presidente e seus aliados dizem que foram comemorar o aniversário de 200 anos da Revolução Francesa, e isso só poderia ser feito em Paris, onde começou a revolução em 1789.
O presidente José Sarney, membro da Academia de Letras, não poderia deixar de comparecer, nem de apresentar a capital francesa para seus aliados políticos e amigos.
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Afinal, o que é o aluguel de um DC-10 da Varig diante de tanta importância para o Brasil? A chegada de uma intimação no Palácio do Planalto faz a assessoria de Sarney entrar em pânico.
O juiz do Rio de Janeiro quer o nome de todos os que viajaram e quanto custou a excursão à terra de Robespierre, Danton e Marat. Passado o susto, o caso é enterrado. Mas outros presidentes não aprenderam com o aviãozinho de Sarney.
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