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Nada escapa a um duro debate no plenário, nem mesmo as relações internacionais do País ficam de fora
11/04/2025 às 21:00
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| João Pavese/Pexels
A oposição tenta bloquear a votação dos projetos do governo no Congresso Nacional. Ela acusa o governo de estar infiltrado de esquerdistas que querem implantar o socialismo no Brasil.
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Nada escapa a um duro debate no plenário, nem mesmo as relações internacionais do País ficam de fora.
A esquerda rotula a política norte-americana para a América Latina de imperialista e por isso faz forte resistência contra a instalação de novas empresas estrangeiras no Brasil e o envio dos lucros obtidos aqui para as suas matrizes na Europa ou nos Estados Unidos.
O tema reforma agrária é uma constante nos discursos e a oposição diz que o agronegócio é responsável pela balança comercial favorável.
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Repudia com veemência movimentos agrários rurais que são turbinados com dinheiro externo, dizem os líderes da direita.
A mídia está fortemente envolvida no debate político e fica clara sua narrativa. Ora à direita, ora à esquerda.
Os partidos de esquerda apoiam o governo e querem transformações sociais mais profundas, entre elas a reforma agrária.
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Com isso, grandes proprietários de terras que praticam o agronegócio rejeitam o que chamam de expropriação de propriedade privada e burla da Constituição do Brasil.
Querem que as terras para fins de reforma agrária sejam pagas em dinheiro. Os governistas apoiam a tese da presidência de que a remuneração deve ser por meio de um papel conhecido como Títulos da Reforma Agrária.
Estas duas posições antagônicas acirram os embates entre as bancadas partidárias no Congresso Nacional – e o embate chega a um ponto sem retorno.
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Afinal de que lado está o presidente da República? Dos latifundiários ou dos camponeses que almejam a posse de terra para plantar e melhorar a vida de suas famílias
Manifestações públicas são marcadas pela esquerda e pela direita, principalmente no Rio de Janeiro e em São Paulo. O presidente faz um comício e anuncia o começo da reforma agrária nas terras próximas às estradas federais.
Isso repercute imediatamente no Congresso Nacional e as bancadas do agronegócio partem para o tudo ou nada.
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O clima político do Brasil é de animosidade e de radicalismo. A direita incentiva os militares a derrubarem o governo sob o argumento que o presidente está associado aos comunistas e é corrupto.
As tropas saem dos quartéis e marcham de Minas Gerais para o Rio de Janeiro. O presidente João Goulart viaja para Brasília e de lá vai para Porto Alegre.
Na madrugada de primeiro para dois de abril o Congresso Nacional se reúne e declara vaga a presidência da República sob o argumento de que Jango fugiu.
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O presidente do Congresso, Auro de Moura Andrade, declara vaga a presidência da República e empossa o presidente da Câmara, o deputado Ranieri Mazzilli.
A direita vence a esquerda e se apossa do governo. Ela se prepara para governar até a próxima eleição presidencial direta, agendada para 1965. Isso nunca ocorreu.
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