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Não é uma novidade a existência de extremos nas eleições, mas não com tanta evidência como na atualidade
02/09/2022 às 11:34 atualizado em 02/09/2022 às 14:08
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Vista aérea do centro de São Paulo | Thiago Neme/Gazeta de S.Paulo
Desde que Luiz Inácio Lula da Silva foi posto em liberdade, após uma decisão do Supremo Tribunal Federal-STF, iniciou-se uma corrida eleitoral antecipada,com a formação de uma polarização nacional, entre apoiadores de Lula (PT) e do presidente Jair Bolsonaro (PL). Situação binária estabelecida entre os dois candidatos que buscam a cadeira do Planalto.
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Até aí, é um “causo” que todos conhecem. Embora seja pernicioso para a democracia um ambiente de extremos, é a realidade presente. Havia uma expectativa, em primeiro momento, que tal fenômeno estivesse limitado ao cargo de Presidente e não se cogitava sua ocorrência no Estado de São Paulo.
Como João Doria Jr. deixou o PSDB, seu partido, desgastado em terras paulistas, as últimas pesquisas indicaram um avanço do candidato do partido Republicanos, Tarcísio de Freitas, e certa estabilidade de Rodrigo Garcia (PSDB) na terceira colocação. Embora tenha feito uma grande frente com prefeitos, somado a uma chuva de recursos e emendas para várias entidades, isso não converteu em sua aceitação nas pesquisas, que consagram Fernando Haddad (PT) em primeiro, seguido do ministro de Bolsonaro.
Percebe-se, de imediato, a semelhança com o quadro nacional, com Lula a frente de Bolsonaro, e com certa folga de pontos. A campanha entra nos últimos dias, a consolidação da dualidade se amolda cada vez mais na paisagem política. Não é uma novidade a existência de extremos nas eleições, mas não com tanta evidência como na atualidade.
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De fato, há meses temos uma imutabilidade de posições na disputa pela “cadeira” de Brasília. A novidade é a extensão desse cenário para a esfera estadual. Sem a reação de Rodrigo Garcia, Haddad e Tarcísio, aparentemente, estarão no ringue para disputa pela cadeira do Palácio dos Bandeirantes. Aguardemos os próximos rounds.
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