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Governador eleito ficará no fio da navalha entre o déficit fiscal e a boa gestão com os cofres superavitários
18/11/2022 às 11:21 atualizado em 18/11/2022 às 11:38
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Tarcísio de Freitas (PL) | Divulgação
Mostrando para o que veio, o governador eleito do estado de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), já fez a primeira demonstração de força ao planejar o aumento do teto do funcionalismo estadual, em parceria com Rodrigo Garcia (PSDB), atual ocupante do cargo.
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Com esse ato, faz aceno à elite do funcionalismo paulista. Emblemática essa primeira tentativa de Tarcísio, pois já coloca em teste sua base na Assembleia Legislativa.
De fato, muitos não foram reeleitos, mas os grandes caciques do União Brasil como Edmir Chedid, do MDB Jorge Caruso e Itamar Borges, e dentro outros, permanecerão no cargo durante sua gestão.
Eleito na base bolsonarista no Estado, Tarcísio deverá acomodar alguns integrantes do governo federal, pois com certeza Lula (PT) dispensará quase todos os atuais comissionados. A missão não será fácil para o ex-capitão do Exército Brasileiro, pois além do ajuste com seu mentor Jair Bolsonaro (PL) deverá enfrentar os prefeitos do estado que buscam recursos, emendas e outras necessidades locais.
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Outro grupo que Tarcísio deverá conciliar são os empresários que detém uma série de discussões tributárias a serem resolvidas, além de auxiliar Ricardo Nunes (MDB) na capital para a eventual disputa com Boulos (PSOL), na prefeitura.
Com caixa em alta, mas com déficit no ICMS, em virtude a grande renúncia fiscal dos últimos anos, o futuro governador não terá a folga financeira que deseja. Afinal, quer aparecer como um grande líder e para tanto necessita inaugurar obras como a do rodoanel, tirar a companhia do Metrô do vermelho e finalizar a duplicação da rodovia dos Tamoios. Fora os aumentos salariais aos servidores públicos.
Em resumo, ficará no fio da navalha entre o déficit fiscal e a boa gestão com os cofres superavitários. Perceberá que governar São Paulo e tão ou mais complexo que Brasília.
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