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O assunto é tratado de modo político com anúncio de culpas, mas na verdade a escalada do preços do barril está sem igual faz um bom tempo
11/03/2022 às 15:35 atualizado em 11/03/2022 às 15:40
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Posto de combustível | Marcelo Camargo/Agência Brasil
A Petrobras anunciou outro aumento dos combustíveis e promoveu uma correria aos postos de gasolina. Os valores aplicados na gasolina e no diesel foram majorados e o debate sobre se “o petróleo é nosso” voltou ao centro das discussões. O Congresso busca uma fórmula de criação de auxílio-gasolina, aprovado no Senado, faltando a Câmara dos Deputados dar o seu aval. O assunto é tratado de modo político com anúncio de culpas na cotação internacional do dólar, da invasão da Rússia na Ucrânia entre outros, mas na verdade a escalada do preços do barril está sem igual faz um bom tempo. Em 2021, comparado com 2020, o petróleo “Brent” subiu mais de 70%.
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O Planalto está com receio que haja respingos na reeleição de Jair Bolsonaro (PL), pois mexer no modelo ninguém quer. Em 2015, com a forte interferência estatal nos preços, houve queda nos lucros e por decorrência uma crise fiscal sem igual. Em 2018, uma grande alteração estatutária mudou esse rumo, com os valores na conformidade do mercado internacional, o que resultou em melhora significativa de seu desempenho, mas os reflexos em 2022 são perniciosos, para aquele que deseja permanecer na cadeira do Planalto. São dois lados, a companhia está apresentando resultado fora da curva, com lucros e distribuição de dividendos sem igual, que também é uma das bandeira do governo central. Na outra face, o preço dos alimentos sofrerão impacto na mesa do brasileiro, então a alta do petróleo traz outro lado do ouro negro.
Ficar entre os bons saldos da Petrobras ou diminuir a carestia da população é o fiel da balança para o sucesso eleitoral, mas a decisão é bem cara, tanto para o capital político quanto para o bolso da população. Em tempos de pandemia, de guerras, um pãozinho caro ou deixar parcela do salário nos postos é o que eleitor não quer.
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