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O modelo chavista mantém controle sobre judiciário e legislativo, não sendo possível indicar que na Venezuela seja uma democracia
09/08/2024 às 10:39 atualizado em 16/08/2024 às 17:19
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Nicolás Maduro está no poder da Venezuela desde 2012 | RS/Fotos Públicas
Hugo Chávez se calou após a intervenção do Rei da Espanha, Juan Carlos, em meio uma discussão na 17ª Cúpula Ibero-americana de chefes de Estado e de Governo, realizada em 2007, em Santiago do Chile, com a antológica fala “Por que não te calas?”.
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Era o prenúncio de que o chavismo poderia ultrapassar os anos e atingir outras dimensões.
Em outubro de 2012, Hugo Chávez foi reeleito para um quarto mandato na Venezuela e escolheu Nicolás Maduro para ser seu vice-presidente.
Pouco tempo depois, o presidente se afastou do cargo para cuidar da saúde, e o vice assumiu o comando interinamente.
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Com o falecimento de Chávez, Maduro ascendeu e chega a seu terceiro mandato, em meio a uma eleição de duvidosa transparência e contestada com veemência pela oposição e por vários países.
O modelo chavista mantém controle sobre judiciário e legislativo, não sendo possível indicar que na Venezuela seja uma democracia.
No âmbito interno, o Brasil está em cima do muro, e por questões ideológicas, o presidente Lula (PT) não quer condenar Maduro, embora o Partido dos Trabalhadores (PT) já reconheça a vitória.
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Esse impasse incomoda a comunidade latino-americana, algumas embaixadas foram fechadas e o descontentamento dos Estados Unidos é claro.
Lula III vive em mundo diverso dos seus primeiros mandatos. Hoje, a população é informada, com rapidez, pela internet e redes sociais. Sua posição de cautela é vista como fragilidade e afeição aos modelos ditatoriais, justamente o que ele sempre colocou como um predicado ao ex-presidente Bolsonaro (PL).
O regime venezuelano está desfalecendo e levando Lula para o mesmo lugar. Apoiar Maduro, nesse cenário, não é a melhor receita para quem deseja a reeleição ou indicar um sucessor vencedor.
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A turma da direita agradece e assiste de camarote. Lula deve se posicionar. Ficar calado será pior e colocará em xeque seus aliados nas eleições municipais.
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