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Os partidos políticos devem compreender que não se trata apenas do cumprimento de uma cota legal, mas lançá-las como protagonistas
08/03/2024 às 15:00 atualizado em 08/03/2024 às 16:13
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Tabata Amaral e Marta Suplicy são destaques na política de SP | Antonio Cruz/Agência Brasil
Toda mudança social decorre de um conjunto de fatores que vão desde o aumento do desenvolvimento econômico, mudanças políticas, alterações legais até as transformações derivadas dos movimentos sociais. A mulher, em boa parte da história humana, representou o papel de auxiliar do homem, sendo destinada a serviços domésticos ou como puro ser de procriação.
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Nas últimas décadas esse quadro mudou, com a mulher equiparando-se aos homens em direitos e garantias. Houve franca alteração no seu papel social. Desde as grevistas da cidade de Nova York, nos Estados Unidos, que se revoltaram contra as péssimas condições de trabalho, berço da comemoração do Dia Internacional da Mulher (8 de março) até os dias atuais, foram muitas as conquistas.
Na década de 1970, várias foram as alterações legislativas equilibrando ou favoráveis à mulher. Em 1988, a Constituição Federal consagra essa igualdade e reforça a proteção ao gênero feminino. Nos últimos anos, o destaque feminino vem ultrapassando outras barreiras. Os conselhos de administração de grandes corporações já buscam manter a presença de mulheres em seu corpo.
Há processos seletivos, nas empresas, exclusivamente para mulheres. Na política segue-se da mesma forma. A participação da mulher aumenta paulatinamente. A primeira mulher eleita no Congresso Nacional foi no distante ano de 1934. Com a primeira lei de quotas, em 1995, sua participação tornou-se efetiva. Nas eleições de 2020, vários cargos políticos foram ocupados por mulheres.
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Afinal, elas são a maioria em qualquer colégio eleitoral, conforme dados do próprio Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Em seguida, no pleito de 2022, muitas mulheres foram eleitas. Resultado de uma mudança de paradigma, a mulher está votando em mulher.
A soma desses fatos e indicadores nos faz inferir que a mulher ocupará um amplo espaço nas eleições de 2024. Composições majoritárias com mulheres alçarão melhor desempenho. Os partidos políticos devem compreender que não se trata apenas do cumprimento de uma cota legal, mas lançá-las como protagonistas pode proporcionar um resultado disruptivo e vitorioso.
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