Nesta quinta-feira (19/12) o dólar atingiu o pico de 6,30 reais, mas com ações diretas do Banco Central, houve uma forte queda.

Essa volatilidade só aperta, ainda mais, o governo federal, tendo o Ministro Haddad, como principal alvo, pois em tese é sua função manter a economia estável.

Além de não realizar ação concreta para mitigar o momento crítico, não está tendo sucesso nas reformas fiscais. Apresentou um corte de gastos que atingem somente servidores públicos, benefícios previdenciários, entre outros, mas nada de dispositivos para barrar os altos salários, principalmente do judiciário.

Com poucas garrafas para trocar, os governistas negociam emendas no Congresso para não desconfigurar o projeto original.

Nesse pacote corre ao lado a regulamentação da regulamento da reforma tributária, recheada de disputas, e novamente o governo saiu perdendo, pois não conseguirá onerar os mais ricos.

Não bastassem os problemas internos, a última pesquisa do Datafolha demonstra que a aprovação e reprovação de Lula estão quase no mesmo porcentual, 35% e 34% respectivamente, ou seja, houve queda de sua aprovação no curso de dois anos de mandato.

Dólar em alta, aprovação em baixa e o dragão da inflação querendo bater asas, tudo que um governo federal não precisa para pensar em uma reeleição ou indicação de sucessor para 2026.

Nesse momento, a oposição aprecia o cenário e aguarda o tempo passar. Tarcísio de Freitas (Republicanos) já noticiou que irá para a reeleição em São Paulo, deixando terreno aberto para outros. Bolsonaro (PL), mesmo inelegível, será apresentado como virtual opositor de Lula.

Talvez vá até o último momento e deixe a disputa para o filho, senador Flávio (PL). 2026 está muito perto, virar o ano com dólar alto e inflação corroendo os parcos salários não é bom.

Lula, além de superar os próprios problemas de saúde, deve melhorar os indicadores econômicos, que não estão bons e podem comprometer seu futuro político.