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Advogado ganhou notoriedade ao defender Lula na operação Lava Jato
09/06/2023 às 11:35 atualizado em 09/06/2023 às 11:47
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O advogado Cristiano Zanin Martins foi indicado por Lula para ocupar uma cadeira no Supremo Tribunal Federal | Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
Cristiano Zanin é o advogado que ganhou notoriedade por defender Lula (PT) na operação lava jato. Hoje, após uma reviravolta política, está novamente nos holofotes como indicado pela presidência da república em vaga aberta no Supremo Tribunal Federal - após a aposentadoria do ex-ministro Lewandowski. Sua indicação provoca certo alarde nas mídias, pois é íntimo do presidente, e, em tese, estará impedido legalmente de julgar certos casos que possam tramitar sob sua responsabilidade.
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A oposição está estrilando com Zanin, ou seja, parte da direita entende que julgará com parcialidade todos os atos do governo. A indicação para o STF sempre sofreu suas revezes.
Em 1893, Cândido Barata foi indicado e empossado, o que causou grande balburdia, mas não pela sua proximidade com o presidente, mas por sua qualificação profissional: era médico. No ano seguinte, 1894, o próprio Senado revogou sua nomeação.
A história da mais alta Corte não é composta somente de mazelas. Ernesto Geisel (Arena), em pleno regime militar, indica, em 1975, José Carlos Moreira Alves, um advogado paulista que era professor da tradicional Faculdade de Direito do Largo São Francisco, com muitos livros editados. Embora de currículo impecável, era indicação de Geisel o que provocou polêmica pela oposição naquele período.
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Zanin, outro paulista, é de mesmo naipe, preferido do planalto, com boa formação, também foi professor de direito. Circulou nos grandes escritórios nacionais até montar sua sociedade de advogados. Destacou na advocacia empresarial e de falência. Competência não lhe faltam, como muitos já nomeados, mas sobram as críticas sobre seu posicionamento junto a Lula, seu cliente.
A Segurança Jurídica é fundamental para um país em suas relações internas e externas. Aguarda-se que o novo Ministro olhe, com lupa, as necessidades nacionais e da justiça, não somente as de seu mentor.
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