A marchinha de carnaval “Máscara Negra”, composta por Zé Ketti e Pereira Matos, demonstra a efervescência da maior festa popular brasileira, o carnaval.

Conhecido mundialmente, atrai turistas de todas as partes. Rio de Janeiro com suas famosas escolas de samba e o sambódromo da Marques do Sapucaí, estados do Nordeste com seus trios elétricos e frevos.

A festa paulistana vai além das escolas, pois nos últimos anos vem se destacando pelo carnaval de blocos, ou seja, de rua, também atraindo milhões para as várias regiões da capital.

A origem das festas carnavalescas vem da antiguidade, de festas pagãs incorporadas pelos antigos romanos, posteriormente foram apropriadas pelo cristianismo e hoje marcam o início da quaresma.

Com os contornos similares aos dias atuais, o carnaval tem como nascedouro a cidade do Rio de Janeiro, já no final do século XIX.

Nos palacetes reinavam os bailes de máscaras, já nas comunidades afastadas, os batuques africanos imperavam, lembrando que essas áreas foram povoadas por libertos vindos da guerra de Canudos.

A festa modulada em escola de samba e blocos surgiu na década de 1920, com a criação do “Deixa Falar”, sendo considerada a primeira escola de samba.

Sempre com tom de rebeldia e liberdade, o carnaval possui sua conotação política. Em tempos de assombros e sobretaxação dos norte-americanos e da alta de preços dos alimentos no Brasil, o folião vai para as ruas para relaxar e apreciar esse momento de ilusão, harmonia e liberdade.

No carnaval, a faxineira torna-se rainha, o servente de pedreiro se adorna de príncipe e a elite compra seu espaço nos blocos e escolas para participar da nossa maior festa popular.

Não poucos, outros brasileiros fogem da folia e buscam aconchego e descanso.

Os religiosos aproveitam o feriado, que não é feriado, para seus retiros espirituais. E aqueles, como eu, ficam observando mais um cenário do teatro da vida humana. “Não me leve a mal, hoje é carnaval”.