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Os debates eleitorais viraram verdadeiros pastelões. Há mais audiência em debate gerado por televisão de pequeno porte do que telejornal em horário nobre
20/09/2024 às 22:00
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Datena agride Pablo Marçal durante debate da TV Cultura | Reprodução/TV Cultura
Em tese, a expectativa do eleitor deveria pautar-se nas propostas sobre zoneamento urbano, melhorias nos postos de saúde e se a mochila adquirida pelo município, ofertada ao aluno do primeiro ciclo, seria ergonômica, mas, na verdade, hoje esperam quão hilário será o show.
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Muito mais próximo do humor do que da seriedade, o brasileiro está vivendo uma das piores eleições em termos de propostas. É perceptível que a eloquência, oratória, modo de se portar para o cargo, literalmente acabaram.
É um festival de atos, com ares de violência, de fazer inveja a qualquer modelo pastelão. Cabeçadas nos debates de Teresina, no Piauí, e cadeiradas em São Paulo, fazem o espetáculo aguardado pelo eleitor.
De fato, os típicos bate-bocas são próprios e esperados no espetáculo da democracia moderna, mas não essa banalização apresentada. A internet auxilia, sem igual, em como viralizar cortes e pequenos takes que revelam o que há de pior no candidato.
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O algoritmo pede, os candidatos entregam, a cadeirada de Datena em Marçal, nas eleições paulistanas, superou quase todas as expectativas do teatro de comédia. Debates perdidos, restaria o horário da propaganda eleitoral, mas é difícil selecionar um representante com poucos minutos de sua apresentação curricular.
Nome, número de urna e uns três segundos sobre sua proposta ao cargo de vereador é muito pouco para um contrato de quatro anos. Restou a velha forma de fazer política, com contato pessoal do candidato com o público, nas feiras, bares e ruas das cidades.
Em suma, pouco se consegue conhecer da proposta do candidato, os pequenos espaços para expor seus projetos estão recheados de comédia, muita publicidade nas ruas e poucas propostas. As cidades mereciam melhor, os candidatos estão entregando pouco. Faltam propostas, sobram trapalhadas.
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