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Celio Egidio

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Conexão entre PCC e empresas de ônibus expõe Ricardo Nunes

Apesar das veementes negações, o prefeito Ricardo Nunes (MDB) não conseguiu explicar o repasse de mais de 800 milhões de reais, apenas em 2023, às duas empresas investigadas

19/04/2024 às 19:45  atualizado em 19/04/2024 às 19:46

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A ascensão do PCC nesse setor não teria sido possível sem o apoio de agentes públicos, incluindo políticos.

A ascensão do PCC nesse setor não teria sido possível sem o apoio de agentes públicos, incluindo políticos. | Edson Lopes Jr./Divulgação

O Ministério Público de São Paulo desencadeou uma ampla operação contra o crime organizado, revelando vínculos entre empresas de ônibus do transporte municipal e membros do Primeiro Comando da Capital (PCC).

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A investigação descobriu que há mais de duas décadas, o PCC conseguiu infiltrar-se no setor de transporte coletivo, desde pequenas vans até grandes empresas de ônibus que vencem licitações em diversos municípios. A ascensão do PCC nesse setor não teria sido possível sem o apoio de agentes públicos, incluindo políticos.

Apesar das veementes negações, o prefeito Ricardo Nunes (MDB) não conseguiu explicar o repasse de mais de 800 milhões de reais, apenas em 2023, às duas empresas investigadas. Além disso, sócios e administradores dessas empresas foram condenados pela justiça e são membros do PCC.

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O Ministério Público protocolou denúncias contra dez dirigentes e integrantes das empresas Transwolff e contra 18 dirigentes e integrantes da UPBus, ambas vencedoras de licitações e concessionárias de várias linhas de transporte.

Apesar das negativas do prefeito, há fortes suspeitas de envolvimento de servidores públicos municipais no esquema, inclusive de alto escalão. O PCC, longe dos grandes confrontos com as forças policiais ocorrida em 2006, hoje busca expandir seus negócios para outros setores da economia.

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As empresas de transporte são usadas como fachada para lavar quantias provenientes de crimes como tráfico de drogas e de pessoas. A revelação dessas conexões pelo Ministério Público coloca Nunes em uma posição delicada, especialmente em pleno ano eleitoral, exigindo explicações claras sobre o cadastro das empresas e seus sócios.

Este novo capítulo na história do crime no Brasil é preocupante, pois evidencia uma consolidação de laços entre a política local - incluindo vereadores e prefeitos - e membros de organizações criminosas. Ingredientes nada saudáveis para um país de democracia frágil e que deseja despontar como potência mundial.

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