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Celio Egidio

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Ciclo oportunista: Pobreza cai em ano eleitoral

Queda da desigualdade social e redução da pobreza estão consagradas na Constituição Federal e não devem ser modelo eleitoral

12/05/2023 às 09:28  atualizado em 12/05/2023 às 09:35

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Urna eletrônica

Urna eletrônica | Rovena Rosa/Agência Brasil

A desigualdade social no Brasil caiu no ano de 2022, atingindo um porcentual de pouco mais de 10%. Em 1978 chegava aos patamares de 36,8%, segundo o pesquisador de FGV-Social, Prof. Marcelo Neri. Em primeiro momento aparenta um bom dado social, afinal, o que se busca é a redução das desigualdades. Por outro lado, a pesquisa também revelou que tais índices caem vertiginosamente nos anos eleitorais e depois sua elevação é imediata.

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Deduzindo-se que houve majoração dos programas sociais por parte do candidato e de seu partido para que a reeleição ocorresse, na maior pura e aberta busca de votos com recursos oficiais. A afetação na outra coluna da pesquisa foi inevitável, ou seja, houve uma redução dos índices de pobreza. Seria uma ótima notícia, caso houvesse a permanência de tais projetos políticos para os demais 3 anos de gestão.

Os dados também desnudam que, nas eleições majoritárias para o governo federal e estadual, há um verdadeiro salto em tais benefícios, promovendo a falsa ilusão na grande massa de vulneráveis que a sua “situação melhorou”, mas, na verdade, o objetivo era o voto na urna. Ocorreu na campanha Bolsonaro (PL) contra Lula(PT), mas não se restringe ao momento político atual.

Em 1986, com o Plano Cruzado em alta, o mesmo fenômeno ocorreu, e o Brasil viveu a maior queda histórica dos índices de pobreza. E como a história já foi escrita, sabemos que não se sustentou. No palanque presidencial de 2022, Jair Bolsonaro apresentou que foi graças ao liberalismo que houve melhora no país, mas sua afirmação não tem suporte na realidade, nem tampouco que, após os programas sociais implantados pelo petismo, nasceu uma “nova classe média”.

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A queda da desigualdade social e redução da pobreza estão consagradas na Constituição Federal e devem ser programas de Estado e não de governos, nem tampouco modelo eleitoral. Quem tem fome tem pressa e não quer voto.

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