Entre em nosso grupo
2
No último domingo, na Avenida Paulista, em São Paulo, Jair Bolsonaro (PL) reuniu milhares de pessoas ao seu redor, em um evento organizado por meio das redes sociais
01/03/2024 às 13:15 atualizado em 01/03/2024 às 13:20
Continua depois da publicidade
Jair Bolsonaro (PL) durante manifestação neste domingo em São Paulo | Danilo Verpa/Folhapress
No último domingo (25/02), na Avenida Paulista, em São Paulo, Jair Bolsonaro (PL) reuniu milhares de pessoas ao seu redor, em um evento organizado por meio das redes sociais e grupos nos aplicativos de mensagens. Políticos de alto calibre subiram no palanque, como os governadores Ronaldo Caiado (União Brasil) e Tarcísio de Freitas (Republicanos).
Continua depois da publicidade
Até o prefeito de São Paulo, meio acanhado, Ricardo Nunes (MDB), compareceu. Como o cerco da Polícia Federal apertou, junto aos bolsonaristas, o evento foi necessário para rechaçar a eventual fraqueza do movimento. Com base nos processos de 08 de janeiro de 2023 e nas delações premiadas de seu ex-assessor, a Polícia Federal convocou Bolsonaro para depor, mas ele preferiu silenciar. Na Paulista, no alto do trio elétrico, Jair Messias defendeu a democracia e clamou pela anistia de todos os presos em 08 de janeiro.
]Dessa forma, admite que houve crime. Não há anistia sem delito. Em outra fala, a ex-primeira-dama expressou que a religião deve se sobrepor ao Estado. Conclui-se que há clara intenção, por parte desse grupo, de transformar o Brasil em um Estado-Cristão. O discurso, para ter aderência, precisa de coerência filosófica.
Defender a democracia e, ao mesmo tempo, induzir um Estado juridicamente subordinado às escrituras sagradas, de qualquer crença, é inadequado, assim como clamar pela inexistência de um crime e, logo após, pedir anistia. Longe da formação filosófica e do discurso, o público lotou a Avenida Paulista e seus arredores, reforçando a fidelidade ao seu líder. Messias mostrou grande força política para uma pessoa sem mandato e com seus direitos políticos cassados. Posicionando-se como o líder da direita conservadora no país. Bolsonaro sairá em viagens pelo interior dos estados, pois sabe que uma base sólida, nos municípios, dará suporte ao seu candidato em 2026. A corrida é longa, com linha de largada e data marcada: outubro de 2024.
Continua depois da publicidade
Continua depois da publicidade
Continua depois da publicidade
Continua depois da publicidade