Os projetos de concessão da gestão de escolas públicas estaduais avançam em vários estados. O Paraná iniciou esse processo e, em pouco tempo, parcela dos servidores, que por anos dedicaram seu tempo e vida aos alunos de uma região, serão substituídos por pessoas que advieram de um processo seletivo de uma empresa de recursos humanos qualquer. A possibilidade de maior sucateamento do ensino é relevante. Essa dedução vem de décadas de transferência de certos serviços para a iniciativa privada. A saúde, por exemplo, era puramente assistencial até o início da década de 1970.

Logo em seguida, multiplicaram-se os hospitais privados, planos de saúde e os lobbies no Congresso Nacional fizeram com que os hospitais públicos se mantivessem sucateados. Com a criação do Sistema Único de Saúde (SUS), nos anos 1990, a situação até melhorou em alguns sentidos, mas continua precária, com filas de exames médicos, espera de meses para uma cirurgia seletiva. Tais fatos basilares que podem agravar a situação do paciente que necessita dessas intervenções para viver com melhor qualidade. Foi no governo de Fernando Henrique Cardoso que houve uma série de leilões com a passagem de grande estatais para o mercado. Agora, praticamente exauridos no que privatizar, a ideia é transferir os altos orçamentos da educação para a iniciativa privada.

Como gafanhotos, certos empresários, veem os setor público com sua única fonte de renda. Com a sequência de interesses dos governadores dos estados, a educação segue com os seus primeiros passos rumo ao mercado privado. Se perseverar como os demais serviços já privatizados, teremos uma educação ainda pior do que já está, pois os dados programa internacional de avalição de estudantes-PISA o Brasil figura abaixo de vários países da América Latina. Nosso futuro está sendo leiloada por 30 moedas.